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24/03: Dia Internacional para o Direito à Verdade

Para CUT, data deve ser inserida no calendário de datas oficiais

Publicado: 26 Março, 2015 - 00h00

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No dia 24 de março, quando celebramos o “Dia Internacional para o Direito à Verdade em relação às graves violações dos Direitos Humanos e para a Dignidade das Vitimas”, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), reiteramos nosso compromisso de lutar por memória, verdade, justiça e reparação. Também reivindicamos que o governo brasileiro institua esta data no calendário oficial de eventos nacionais e que a mesma seja lembrada como uma homenagem aos que tombaram na luta contra a ditadura militar.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), depois de mais de dois anos de trabalho, apresentou no final de 2014 o Relatório Final sobre as graves violações aos Direitos Humanos ocorridas, principalmente, durante a ditadura militar. Em centenas de páginas são relatados os tipos de violações, locais onde ocorreram, nomes dos responsáveis pelos crimes e a relação com nomes de 434 pessoas mortas e desaparecidas durante o regime militar. Também são apresentadas as Recomendações que o Estado Brasileiro deve encaminhar para que ditaduras nunca mais aconteçam.
A CUT, por meio da sua Comissão Nacional da Verdade, Memória e Justiça, participou ativamente do GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da CNV. Considera o Relatório um avanço, entretanto, o número de pessoas mortas e desaparecidas não é definitivo, pois não constam no mesmo vários nomes de trabalhadores/as assassinados, principalmente no meio rural. Ao incluir no Relatório os nomes de Margarida Maria Alves e Nativo da Natividade Oliveira como vítimas da ditadura militar, abre-se um precedente para que todos os centenas de trabalhadores rurais assassinados sejam reconhecidos também como crimes provocados pelos militares devido à política imposta ao campo.
Também se deve lutar por justiça, exigindo a punição dos assassinos e torturadores e dos seus cúmplices. Essa questão se torna ainda mais atual quando assistimos ao reconhecido torturador do DOPS Carlinhos Metralha discursar para a população, no dia 15 de março, dizendo que se pudesse “metralharia mais”. Isto é inaceitável.
A CUT exige punição para os crimes da ditadura. Justiça e reparação às vitimas já!
São Paulo, 24 de março de 2014
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça
No dia 24 de março, quando celebramos o “Dia Internacional para o Direito à Verdade em relação às graves violações dos Direitos Humanos e para a Dignidade das Vitimas”, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), reiteramos nosso compromisso de lutar por memória, verdade, justiça e reparação. Também reivindicamos que o governo brasileiro institua esta data no calendário oficial de eventos nacionais e que a mesma seja lembrada como uma homenagem aos que tombaram na luta contra a ditadura militar.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), depois de mais de dois anos de trabalho, apresentou no final de 2014 o Relatório Final sobre as graves violações aos Direitos Humanos ocorridas, principalmente, durante a ditadura militar. Em centenas de páginas são relatados os tipos de violações, locais onde ocorreram, nomes dos responsáveis pelos crimes e a relação com nomes de 434 pessoas mortas e desaparecidas durante o regime militar. Também são apresentadas as Recomendações que o Estado Brasileiro deve encaminhar para que ditaduras nunca mais aconteçam.
A CUT, por meio da sua Comissão Nacional da Verdade, Memória e Justiça, participou ativamente do GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da CNV. Considera o Relatório um avanço, entretanto, o número de pessoas mortas e desaparecidas não é definitivo, pois não constam no mesmo vários nomes de trabalhadores/as assassinados, principalmente no meio rural. Ao incluir no Relatório os nomes de Margarida Maria Alves e Nativo da Natividade Oliveira como vítimas da ditadura militar, abre-se um precedente para que todos os centenas de trabalhadores rurais assassinados sejam reconhecidos também como crimes provocados pelos militares devido à política imposta ao campo.
Também se deve lutar por justiça, exigindo a punição dos assassinos e torturadores e dos seus cúmplices. Essa questão se torna ainda mais atual quando assistimos ao reconhecido torturador do DOPS Carlinhos Metralha discursar para a população, no dia 15 de março, dizendo que se pudesse “metralharia mais”. Isto é inaceitável.
A CUT exige punição para os crimes da ditadura. Justiça e reparação às vitimas já!
São Paulo, 24 de março de 2014
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça