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Advogados pedem ao STF que declare suspeição de Moro e liberte Lula

Defesa do ex-presidente pede ao STF liberdade imediata de Lula no caso do tríplex do Guarujá. Nomeação de Moro provou que o juiz de Curitiba agiu politicamente ao perseguir Lula para eleger Bolsonaro.

Publicado: 05 Novembro, 2018 - 15h43

Escrito por: Redação CUT

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A defesa do ex-presidente Lula protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (5), um novo habeas corpus para pedir a libertação de Lula e a nulidade de todo o processo do caso do tríplex do Guarujá, usado pelo juiz Sérgio Moro para condenar o ex-presidente, sem crime e sem qualquer prova. Lula é mantido preso político desde 7 de abril deste ano, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. 

Os advogados solicitam ainda que os efeitos sejam estendidos "para os demais processos conduzidos pelo juiz Sérgio Moro em face do ex-presidente Lula, além de restabelecer a sua liberdade plena".

Para os advogados de Lula, a nomeação de Moro para o cargo de ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro, comprova que a perseguição ao ex-presidente tinha objetivos políticos. E para conseguir seus objetivos, dizem, o magistrado atuou diretamente para influenciar no processo eleitoral, tanto antes quanto depois das eleições, como noticiado pela imprensa nacional, que confirmam que Moro manteve contato com a cúpula da campanha de Bolsonaro e, como disse o vice, general Mourão, foi convidado para ser ministro durante o processo eleitoral.

“Segundo recentes revelações, já públicas e notórias [Moro], mantinha contato com a alta cúpula da campanha do Presidente eleito — que, por seu turno, manifestou desejo de que o Paciente venha a ‘apodrecer na cadeia’”, diz trecho do documento.

Para a defesa, o novo pedido de suspeição vai obrigar a Corte a se posicionar sobre a atuação do juiz que, segundo jornais do mundo inteiro, recebeu a recompensa por ter prendido Lula e ajudado Bolsonaro a se eleger. Lula, segundo todas as pesquisas de intenção de voto poderia vencer a eleição presidencial no primeiro turno. Até nas férias, Moro atuou para mantê-lo preso político quando o desembargador Rogério Favreto concedeu liminar para soltar o ex-presidente.  

> Confira a íntegra do pedido de Habeas Corpus