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Assembleia dos servidores de Florianópolis pode deliberar pela greve da categoria

Municipais se reúnem nesta sexta-feira (29) para discutir a reação dos trabalhadores ao PL 1.560/16, que altera o regime de previdência

Publicado: 26 Julho, 2016 - 15h19

Escrito por: Confetam

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Nesta sexta-feira (29/07), os servidores da Prefeitura de Florianópolis se reúnem, em frente à Câmara Municipal, para deliberar sobre a possibilidade de greve. Agendada para às 13 horas, a assembleia geral extraordinária discutirá a reação da categoria aos ataques da Administração Municipal contra os direitos dos trabalhadores, entre eles o projeto de lei 1.560/16, que altera o regime próprio de previdência. 

Na última quinta-feira (21/07), os servidores, inclusive os da Educação que se encontram de férias, lotaram a frente e o interior da Câmara e expulsaram das galerias os comissionados convocados pelo prefeito César Souza Júnior (PSD) para acompanhar a sessão. 

Apesar das tentativas de manobra por parte dos parlamentares ligados ao Executivo, a pressão dos servidores municipais - que portavam cartazes e gritavam palavras de ordem -, funcionou e a emenda ao PL 1560, apresentada pelo vereador Afrânio Boppré (PSOL), foi aprovada com oito votos. 

Antes de voltar à pauta para ser votado, o  texto da emenda será analisado pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) . A emenda aprovada altera o entendimento sobre o processo de funcionamento do cálculo atuarial no PL 1560, dando mais tempo para a organização da categoria.

No dia da sessão, os servidores públicos estarão novamente presentes na Câmara para pressionar os parlamentares a arquivarem o projeto, que representa um ataque à população de Florianópolis. 

Sintrasem convoca mobilização

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) orienta os trabalhadores a continuarem mobilizados, pois a categoria não pode confiar na palavra dos vereadores que, num dia, dizem estar ao lado dos servidores municipais e, no outro, sem remorso, votam de acordo com os interesses do prefeito.

É o caso de Romeu Pompílio (PTB), que assumiu o lugar do licenciado Ricardo Camargo (PMDB) e pediu para retirar a assinatura dele durante a sessão. Já o vereador César Faria (PSD), um dos principais envolvidos no esquema de corrupção Ave de Rapina, tentou invalidar a emenda sob o argumento de que seria inconstitucional. 

Segundo o legislador, nem todos os vereadores que assinaram estavam no exercício do mandato, o que invalidaria o documento. O argumento de César Faria foi derrubado e a emenda passou com as oito assinaturas. 

Para entender o PL 1560/2016, leia o nosso #EspecialPrevidência.

Com informações do Sintrasem