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Atos contra o impeachment e de mobilização para a greve geral tomam corpo a partir de hoje

Protesto no Copacabana Palace, onde está hospedada a maioria dos jornalistas estrangeiros que cobre as Olimpíadas, foi realizado na manhã de hoje. Também estão agendados atos dias 8, 9 e 16 de agosto

Publicado: 05 Agosto, 2016 - 16h57

Escrito por: Confetam

Lidyane Ponciano
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Muitas viaturas e policiais acompanharam o protesto na Avenida Atlântica

Sob forte aparato policial, iniciou hoje (05/08), na Praia de Copacabana, a série de atos públicos convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas e sociais, ameaçados pelo Congresso Nacional. Aos gritos de “ocupar e resistir até o Temer cair”, os manifestantes começaram a ocupar a Avenida Atlântica no final da manhã e dividiram o espaço com viaturas e policiais.

A data foi escolhida para chamar a atenção da imprensa internacional presente no Rio de Janeiro para cobrir as Olimpíadas. As manifestações prosseguiram à tarde, nos arredores do Maracanã, onde ocorrerá a abertura oficial do evento, marcada para às 20 horas.

O calendário de lutas terá continuidade nesta segunda-feira (08/08), em Brasília, quando manifestantes ocuparão o Congresso para impedir a aprovação de propostas legislativas prejudiciais aos trabalhadres e ao povo brasileiro, como o PLP 257. A matéria tramita na Câmara dos Deputados com o objetivo de renegociar as dívidas dos Estados e do Distrito Federal com a União, em troca de corte de gastos no serviço público. A atividade está marcada para às 14 horas, com concentração no Anexo II.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) orienta as delegações de servidores municipais que já estarão em Brasília, no dia 8, que permaneçam na Capital para a manifestação organizada pela CUT e pela Frente Brasil Popular, no dia 9, às 09 horas, também no Anexo II. Já no dia 10, no mesmo horário, terá uma sessão na Câmara para discutir a votação do PL 4.567, que retira a Petrobrás da condição de operadora única do Pré-Sal.

Jornada contra o impeachment e de contrução da greve geral

Na terça-feira (09/08), data em que será votado no Plenário do Senado o parecer do relator da comissão recomendando a continuidade do processo de impeachment, os atos de massa se espalham por diversas cidades do país, marcando a Jornada Nacional de Mobilização contra o Golpe e em Defesa da Democracia. Em São Paulo, o ato será a partir das 16 horas no vão livre do Museu de Arte Assis Chateubriand (Masp).

Além de protestar contra o impeachment da presidente Dilma e defender a retirada do vice-presidente Michel Temer do Palácio do Planalto, os atos integram o processo de construção da greve geral da classe trabalhadora.

A etapa fundamental da mobilização para a paralisação nacional se dará no dia 16, quando pelo menos oito centrais sindicais se unem em manifestações nas principais Capitais do Brasil em defesa dos empregos e dos direitos ameaçados pelo governo golpista. Além da CUT e da CTB, também confirmaram presença a CSB, Conlutas, FS, UGT, NCS e CGTB. Na data, as manifestações devem ser organizadas em frente às sedes das principais entidades de representação patronal dos estados.

Unidade na defesa da democracia como direito maior

“Sem dúvida a pauta da manutenção dos direitos unifica a classe trabalhadora e o movimento sindical. Mas é imprescindível que as direções de todas as centrais sindicais tenham a compreensão de que o direito à democracia, a escolher seus representantes pelo voto direto e garantir que eles concluam seus mandatos e implementem o projeto aprovado nas urnas não pode ser uma luta dissociada das demais. Portanto, vamos às ruas contra o impeachment e em defesa do nosso direito maior: a democracia”, afirma a presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).

A presidente Dilma Rousseff será julgada se o Plenário do Senado seguir o entendimento da Comissão do Impeachment e considerar que há provas de que a ela descumpriu leis fiscais e orçamentárias na edição de decretos de crédito suplementar e nos atrasos em repasses de subvenções do Plano Safra, em 2015. Se a maioria simples de senadores (pelo menos 41 parlamentares) considerar que houve crime, o processo de impeachment prosseguirá. A votação final está prevista para as últimas semanas de agosto. 

Confira o calendário:

Sexta, dia 05 - Manifestações prosseguem nos arredores do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde ocorrerá a abertura oficial das Olimpíadas, às 20 horas.

Segunda, dia 08 - Grande ato nacional em Brasília para impedir a aprovação do PLP 257 pela Câmara dos Deputados, entre outros projetos prejudiciais à classe trabalhadora. Concentração a partir das 14 horas, no Anexo II.

Terça, dia 09 - Jornada Nacional de Mobilização contra o Golpe e em Defesa da Democracia marca data em que será votado, no Plenário do Senado, o parecer do relator da comissão recomendando a continuidade do processo de impeachment. Ato em São Paulo, às 16 horas, no vão livre do Masp.

Quarta, dia 10 -  Sessão às 9 horas, na Câmara dos Deputados, discutirá a votação do PL 4.567, que retira a Petrobrás da condição de operadora única do Pré-Sal.

Dia 16 de agosto - Ato unificado das centrais sindicais de mobilização para a greve geral na frente das principais entidades de representação patronal dos estados.