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Bolsonaro corta verbas do orçamento de políticas para as mulheres

Para 2023, o governo Bolsonaro cortou grande parte do orçamento que subsidia políticas públicas destinadas a mulheres.

Publicado: 06 Outubro, 2022 - 08h15

Escrito por: Thiago Marinho

Divulgação
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Para 2023, o governo Bolsonaro cortou grande parte do orçamento que subsidia políticas públicas destinadas a mulheres. Dois terços de importantes programas sociais que atuam no combate à desigualdade de gênero sofreram cortes que chegam em até 99%. 

Das 79 ações orçamentárias citadas no Orçamento Mulher, 47 foram impactadas pela redução de verbas previstas para o contingente de 2023. Dentre essas, pode-se citar ações de proteção social básica, apoio à organização de programas de assistência social e até mesmo medidas de desenvolvimento da educação básica – que sofrerão uma supressão de 95% em suas respectivas verbas.

Outras diligências não possuem ao menos um orçamento estabelecido para o próximo ano. Medidas para o apoio financeiro suplementar à manutenção da educação infantil e políticas de igualdade e enfrentamento à violência contra as mulheres não foram citadas no documento. 

Os cortes orçamentários arquitetados pelo governo Bolsonaro afetam principalmente mulheres pretas, periféricas e mães solo – as que mais sofrem com a ausência de polícias públicas básicas. A implementação de creches, a ampliação das delegacias da mulher, a integralização de cotas para mulheres de baixa renda e chefes de família no programa habitacional Casa Verde e Amarela são alguns dos projetos que serão prejudicados.

O maior corte foi destinado a iniciativas de interesse social em áreas urbanas, que no início de 2022 contava com R$ 27,9 milhões e agora detém de menos de R$ 100 mil para 2023 – um achatamento de 99,6%. Isso impacta a aquisição, construção e reforma de imóveis residenciais para agricultores com renda mensal de R$ 5.000.