Escrito por: Isaias Dalle

Centrais tentam adiar julgamento da terceirização no STF

Expectativa é que a ação não seja analisada hoje, contrariando agenda do Supremo

Isaias Dalle
Presidente da CUT, Vagner Freitas, e dirigentes sindicais no Plenário do STF

Até as 15h desta quarta, dia 9, a expectativa das lideranças sindicais e de suas assessorias jurídicas é que o STF não julgará hoje o tema da terceirização em atividades-fim.  Pela manhã, assim como no dia anterior, houve audiências com alguns dos ministros do STF, na tentativa de adiar ou suspender a votação.

A CUT entrou com um pedido de adiamento, protocolado hoje, e que provavelmente será analisado pela ministra Carmem Lúcia na sessão que começa no final da tarde. “Nossa expectativa é que seja adiado, por causa da complexidade do tema e porque nem todos os ministros do Supremo vão participar da sessão de hoje”, informa o assessor jurídico da Central, José Eymard Loguercio.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, o objetivo do corpo-a-corpo com os ministros é convencê-los a deixar que o Congresso Nacional continue debatendo o tema e elabore uma regulamentação da terceirização que seja favorável aos trabalhadores.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, e a presidenta do Sindicato dos Bancários, Juvândia Moreira Leite, vão acompanhar a sessão do STF desta tarde. “Nossa luta é para que o STF não elabore uma reforma trabalhista, sem debate com os trabalhadores e a sociedade”, comentou Vagner.

Há um grupo de militantes e dirigentes sindicais reunidos na Praça dos Três Poderes, composto em sua maioria por bancários e bancárias da CUT. O objetivo é fazer pressão sobre o Supremo. Ao longo do dia, daremos novas informações.