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No centenário de Paulo Freire, Confetam celebra o legado deixado pelo pensador pernambucano ao país e ao mundo

Obra do patrono da educação brasileira é fundamental para o país, não somente para a compreensão dos processos educacionais contemporâneos, mas para o entendimento do mundo e suas contradições

Publicado: 20 Setembro, 2021 - 14h41

Escrito por: Confetam/CUT

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Em meio a ataques de ódio, surtos de ignorância, e diante do mais completo desprezo ao conhecimento, disseminados pelo governo, pela família e pelos apoiadores de Bolsonaro, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) celebra o amor, a sabedoria e o legado deixado à Educação pelo pensador Paulo Freire, cujo centenário foi comemorado neste 19 setembro no Brasil e em todo o planeta.

Autor de Pedagogia do Oprimido e de uma vasta obra libertária que influenciou o ensino progressista no mundo inteiro, o trabalho do patrono da educação brasileira é fundamental para o país, não somente para a compreensão dos processos educacionais contemporâneos, mas para o entendimento do mundo e suas contradições.

Dialogicidade, práxis, autonomia, ação, reflexão, crítica, utopia, liberdade, esperança, sonho, tolerância, democracia, ideologia são algumas das expressões e categorias que estão presentes em toda a obra freiriana e não são termos aleatórios, abstratos, compõem um todo e repercutem até hoje.

O legado de Freire, exposto em sua vasta e mundialmente reconhecida obra, faz apologia a uma escola popular da inclusão, do diálogo, da alteridade, da cooperação e da “urgência dos comuns”, não como abstração, mas da forma que ele nos ensinou, “mediada por uma esperança que não é pura espera, mas uma esperança prática, que rompe, decide e se torna concreta historicamente” (FREIRE, 2021, p.15).

Neste centenário, a Confetam/CUT renova o sonho do próprio educador: “meu sonho fundamental é o sonho pela liberdade que me estimula a brigar pela justiça, pelo respeito do outro, pelo respeito à diferença, pelo respeito ao direito que o outro tem e a outra tem de ser ele ou ela mesma. Quer dizer, o meu sonho é que nós inventemos uma sociedade menos feia do que a nossa de hoje. Menos injusta, que tenha mais vergonha. Esse é meu sonho. O meu sonho é um sonho da bondade e da beleza”.

Que o sonho de Paulo Freire permaneça vivo e nos incentive a mudar o estado das coisas no Brasil!