Escrito por: Thiago Marinho

Confetam entrega propostas de educação para equipe do Lula

Nesta quarta (07), uma comissão formada por dirigentes da Confetam esteve com a equipe de transição na área da educação do governo Lula.

Confetam/CUT

Nesta quarta (07), uma comissão formada por dirigentes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) esteve com a equipe de transição na área da educação do governo Lula. Na ocasião, a presidenta da entidade, Jucélia Vargas, entregou um documento aos membros da equipe com propostas para a educação pública municipal, que foi assinado pela equipe com propostas para a educação pública municipal, que foi assinado pela equipe.

A reunião contou também com as presenças das secretárias: Sueli Adriano, Irene Rodrigues, Silvana Piroli e Wésia Sena.

A educação brasileira nos últimos anos foi uma das políticas públicas mais maltratadas até os últimos dias do atual governo, prova disso está na última contingência das verbas das universidades públicas e dos Institutos Federais. Modificar o atual cenário deve ser um compromisso diário e representar uma bandeira de luta do novo governo, tal situação deve abranger o ensino público, aquele que é acessado pelos filhos e filhas dos trabalhadores”, ressaltou Jucélia.

Confira as propostas:

- Não há como garantir uma reconstrução do país sem olhar para educação básica e pública municipal.

-  Defendemos a escola pública gratuita, democrática, laica, de qualidade social, como o lugar da inclusão social.

-  Retomar o cumprimento e acompanhamento das metas previstas no Plano Nacional e planos municipais de Educação.

- Retomar as conferências municipais, estaduais e nacional de educação para o acompanhamento da execução dos planos de educação.

-   Programas e projetos que possam garantir o Direito à Educação para todas(os).

-  Atenção especial para os anos iniciais do ensino fundamental, com programas que possam garantir a recuperação das aprendizagens dos nossos estudantes, diante dos problemas que enfrentamos no período da Pandemia.

-  Educação integrada, coordenada e articulada nacionalmente, com cooperação entre os entes federados (união, estados, distrito federal e municípios) para que possamos ter uma intervenção direta e garantir qualidade da educação em todo país.   Garantir a implantação do Sistema Nacional de Educação (SNE).

- Manter as políticas de transportes escolar, merenda e demais recursos que garantam o acesso e a permanência dos nossos estudantes nas escolas. Retomar o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar.

- Destinação e criação de verbas e recursos também para o financiamento na educação infantil, visando a universalização desta etapa de ensino, com garantia de qualidade, contratação de professores qualificados (assim como já previsto no novo FUNDEB).

- Volta de programas de incentivo a construção de unidades destinadas a educação infantil.

- Combate a política de privatização da Educação Infantil, etapa esta, de tamanha importância para o desenvolvimento integral dos educandos, que em sua maioria é atendida pelas prefeituras municipais.

- Responsabilidade na aplicação correta dos recursos que são destinados para a educação, com monitoramento e acompanhamento (controle social).

 - Importância de se trabalhar com a sua fatia importante, que é a base e a raiz da educação, e, ao mesmo tempo, uma necessidade de investimento maior com muitas vezes quão pouco investimento que tem não é aplicado corretamente.

- O gasto com cada aluno é muito maior, porque precisa de muito mais profissionais.  Portanto, é preciso instituir o CAQi – custo aluno qualidade.

- Professores concursados, com carreira, formação continuada que proporcione que o profissional busque sua qualificação.

-  Falta investimento e punição para prefeitos que não cumprem com a lei da implementação de 25% de cargos comissionados, do piso salarial nacional para os professores, 1/3 da jornada para trabalho coletivo e estudo, que são regras próprias dos municípios.

- Necessidade imensa de atenção com a diversidade do nosso país, que atende comunidades Indígenas, Ribeirinhas, Quilombolas com disparidades imensas.

- Uma política de educação diversificada, com uma metodologia diferenciada, pois as crianças aprendem de forma diferente, pois muitas vezes a escola é único lugar em que as crianças têm acesso a merenda e outros recursos que garantem a proteção social

- Trazer o olhar para a diversidade nosso país. É necessário um olhar diferenciado para as especificidades da educação infantil, para as especificidades e desafios do ensino fundamental, com ênfase nas séries iniciais, além disso investimento de educação de jovens e adultos e a obrigatoriedade de se terminar a escola pública na idade certa, garantindo a matrícula obrigatória dos 04 aos 17 anos (para toda Educação Básica).

-  Revogação da Reforma do Ensino Médio e a retomada da discussão com os estudantes e educadores para a construção de uma nova proposta.

- Inclusão da Educação na lei federal 191/22 que dispõe sobre o descongelamento do tempo de maio de 2020 a dezembro 2021 para fins contagem de tempo para adicional de tempo de serviço e licença prêmio.

- Inclusão dos trabalhadores não docentes em todas as políticas de gestão do trabalho, com carreira, programa de capacitação e formação e salário justo.

- Fortalecimento dos conselhos de acompanhamento, controle social e fiscalização da destinação de recursos, com transparência e participação com efetiva representação dos trabalhadores(as) da educação básica e superior.

- Construção de uma política efetiva de gestão democrática.