Escrito por: Confetam/CUT

Confetam exige acessibilidade dos cegos à nota de R$ 200

Exigência foi apresentada nesta segunda-feira, dia 21 de setembro, data em que é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência

Raphael Ribeiro/Banco Central do Brasil
Nota de R$ 200 tem o mesmo tamanho da de R$ 20, o que dificulta a diferenciação

No Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, celebrado neste 21 de setembro, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) exige do Banco Central (BC) a adoção de medidas urgentes para tornar acessível aos deficientes visuais brasileiros a nota de R$ 200,00. Lançada pelo desgoverno Bolsonaro no dia 2 de setembro, a nova nota tem o tamanho igual ao da atual cédula de R$ 20,00, impossibilitando assim a diferenciação entre uma e outra pela população de pessoas cegas do país.  

Fruto de reivindicação apresentada pela Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), a exigência é de que sejam adotadas medidas que possibilitem a efetiva distinção entre as duas cédulas, garantindo assim o direito à acessibilidade à moeda nacional pelas pessoas portadoras de deficiência visual.

A ONCB reconhece que há uma marcação na cédula de R$ 200,00, mas reclama que ela é quase imperceptível ao toque, o que não contribui com a necessidade de autonomia das pessoas cegas.

A Confetam/CUT lembra que a falta de acessibilidade à cédula de R$ 200,00 viola o direito à informação e dispositivos previstos na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e na Lei Brasileira de Inclusão. Tendo em vista o problema impactar diretamente na vida de parte significativa dos sete milhões de brasileiros cegos ou com baixa visão, a entidade se posiciona no sentido de exigir da direção do BC e do desgoverno Bolsonaro solução imediata para o problema. 

Por fim, encampamos a reivindicação da ONCB de que “todas as decisões que envolvam a circulação de moeda devem estar em conformidade com os padrões existentes de acessibilidade e inclusão, sob pena de o Estado Brasileiro incorrer em um retrocesso social sem precedentes, passível de denúncia nos organismos internacionais”.

Fortaleza, 21 de setembro de 2022

Direção da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT)