Escrito por: CUT Nacional

CUT comemora derrota da reforma trabalhista na CAE

Dada com certa, aprovação do texto do relator Ricardo Ferraço perdeu por 10 a 9 na Comissão de Assuntos Sociais do Senado

Lula Marques/ Agência PT
Senadores de oposição comemoram a derrota do governo Temer na tramitação das reformas

Sob pressão da CUT, das demais centrais sindicais e dos movimentos sociais que fizeram mobilizações contra o desmonte da CLT, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) derrotou por 10 a 9 a proposta de Reforma Trabalhista do golpista e ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP). 

A comemoração da vitória, que começou na CAE e se espalhou pelos corredores do Senado, foi acompanhada de perto pela secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, que tem dedicado os últimos meses a comandar uma equipe de sindicalistas organizada para pressionar os parlamentares a votarem contra as reformas do desgoverno de Michel Temer.

"Nós entendemos que esse projeto foi derrotado, por isso temos que aumentar a nossa mobilização em todos os cantos desse país. Precisamos continuar firmes. Vamos conseguir virar esse jogo definitivamente", afirmou Graça Costa, surpresa com o resultado do placar de votação: uma diferença de apenas um voto.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “esse resultado é uma demonstração cabal de que a mobilização e a pressão é a arma mais eficaz da classe trabalhadora contra os desmontes sociais, trabalhista e previdenciário que Temer e sua turma querem fazer”. 

Mobilização nos municípios para a greve geral

Vamos continuar mobilizados rumo a greve geral, disse Vagner que completou: “é importante continuar e reforçar as nossas mobilizações nos Estados e Municípios, principalmente nas bases dos senadores que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a proposta vai ser votada no próximo dia 28/6”.                 

Essa é a primeira de uma série de derrotas que a CUT, as demais centrais e os movimentos sociais vão impor a Temer. O Palácio do Planalto dava como certa a aprovação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que foi rejeitado nesta terça. 

Vagner alerta que a rejeição do relatório na CAS representa uma derrota política de Temer, mas a luta segue na CCJ e no plenário da Casa. Isso porque, a CAS aprovou o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que apresentou mudanças no texto encaminhado pela Câmara dos Deputados, mas o resultado da votação não interrompe a tramitação da proposta do governo. A decisão final sobre o voto em separado do Paim e a proposta do governo cabe ao plenário do Senado.

Veja como votaram os senadores:

Ângela Portela (PDT) - Não
Humberto Costa (PT) - Não
Paulo Paim (PT) - Não
Paulo Rocha (PT) - Não
Regina Sousa (PT) - Não 
Eduardo Amorim (PSDB) - Não
Hélio José (PMDB) - Não 
Lídice da Mata (PSB) - Não
Randolfe Rodrigues (REDE) - Não 
Otto Alencar (PSD) - Não

Waldermir Moka (PMDB) - Sim
Elmano Férrer (PMDB) - Sim
Airton Sandoval (PMDB) - Sim
Cidinho Santos (PR) - Sim
Vicentinho Alves (PR) - Sim 
Dalirio Beber (PSDB) - Sim 
Flexa Ribeiro (PSDB) - Sim
Ricardo Ferraço (PSDB) - Sim
Ana Amélia (PP) - Sim

Edição Déborah Lima