MENU

CUT cobra valorização de servidores em reunião na Prefeitura de Aracaju

Entidade cobrou a inclusão dos trabalhadores da prefeitura no planejamento do município.

Publicado: 26 Fevereiro, 2019 - 15h44

Escrito por: Assessoria de Comunicação CUT/SE

.
notice
Prefeito participou da reunião do Conselho Municipal do Desenvolvimento Econômico

Representada pelo seu vice-presidente Plínio Pugliesi, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) participou de reunião com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), no Conselho Municipal do Desenvolvimento Econômico (COMDEN), nessa sexta-feira, 22, na sede da Prefeitura.

Na ocasião, o prefeito apresentou um balanço das ações da Administração Municipal no ano passado. E a CUT cobrou a inclusão dos servidores municipais de Aracaju, que estão há três anos sem revisão salarial, no planejamento da gestão. Essa foi a quarta reunião do COMDEN no mandato do prefeito Edvaldo Nogueira. Além da CUT, participam do espaço diversas organizações da Sociedade Civil, representantes do empresariado, dos trabalhadores e de instituições de ensino; entre eles, UFS, UNIT, SESC, FIES, FECOMÉRCIO, CTB e UMESA.

Exposição do prefeito

O prefeito Edvaldo Nogueira apresentou o balanço da sua gestão no ano de 2018 e o plano de trabalho 2019, mas não pôde ficar para ouvir os demais devido a uma audiência no mesmo horário. 

“Estamos felizes porque conseguimos superar as dificuldades que encontramos mais rápido do que pensávamos," falou o prefeito ao registrar que, dos R$ 540 milhões em dívidas que diz ter herdado da gestão anterior, já pagou R$ 440 milhões. Ao falar dos seus planos para o futuro, o prefeito sustentou que "Fizemos muita coisa na cidade. Aracaju vive um novo momento, mas ainda temos muito trabalho por fazer. Nossa ideia é que este Conselho avance na direção da discussão temática sobre o futuro econômico da cidade de Aracaju”.

Servidores municipais

Durante sua exposição, em que apresentou dados sobre o cumprimento do planejamento da gestão em diversas áreas, Edvaldo dedicou boa parte a justificar as perdas salariais dos servidores.

Referindo-se ao momento em que assumiu a prefeitura, disse que "Aracaju estava com dificuldades, servidores com salários e 13° atrasados." Comparativamente informou que hoje o pagamento dos salários dos servidores está em dia e admitiu que "Entre atrasar salários e pagar em dia, optamos em não conceder reajuste nos dois primeiros anos." O prefeito insistiu que, no seu entendimento, pagar salários em dia é uma vantagem. "Pagamos 29 folhas salariais, a maioria dos municípios brasileiros está atrasado no pagamento da folha de pessoal. Investimos R$ 2,3 bilhões na folha de pagamento. Isso revela o nosso compromisso com os servidores”.

O prefeito já não estava presente quando foi permitido que os demais membros do COMDEN pudessem se manifestar. O vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, afirmou para o secretário Jeferson Passos e demais membros do Conselho que nesses três anos de gestão os servidores públicos municipais de Aracaju têm sofrido com redução dos seus salários, pois não tiveram nenhuma revisão inflacionária nesse período.

“Se os indicadores apresentados pelo prefeito mostram que a gestão está evoluindo, isso se deve aos serviços de excelência prestados pelos servidores que estão na ponta executando as políticas públicas. Mas enquanto a gestão inaugura obras às custas do suor dos servidores, estes estão pagando a conta e perdendo o poder aquisitivo," contestou o vice-presidente da CUT.

O dirigente da CUT também confrontou a postura do prefeito com o contexto nacional marcado por retrocessos para os trabalhadores. “Vivemos em tempos de retrocesso político, a ambição das elites afundou o país num lamaçal e num laranjal que só aumenta as desigualdades. O prefeito Edvaldo Nogueira precisa responder qual a concepção que quer adotar na gestão de pessoas e na relação com os trabalhadores? A Prefeitura de Aracaju vai ser um espelho dessa concepção ultraliberal do governo federal que destrói tudo que é público e massacra os trabalhadores? Vimos que o prefeito fala muito de inovação e desenvolvimento, mas não mostra estar disposto para aplicar os frutos dessa evolução em favor dos trabalhadores. Então qual é a sua política?," questionou Plínio.

Outra cobrança do representante da CUT foi o efetivo funcionamento das mesas de negociação com os servidores municipais. “As mesas de negociação precisam funcionar. Existem a mesa geral e as mesas setoriais, mas a falta de avanços até na revisão inflacionária, que é obrigatória, mostra que essa gestão tem a capacidade de planejar até mesmo que as mesas não funcionem. A gestão da qualidade de vida não pode ser a gestão que empobrece os servidores. Os servidores precisam ser incluídos no planejamento de Edvaldo, sob pena de não conseguirem viver na cidade da 'qualidade de vida' que ele planeja”, concluiu o vice-presidente da CUT.

Moblidade e educação

Entre outros temas abordados pela PMA de interesse da classe trabalhadora, foi citado como uma prioridade para 2019 o Plano de Mobilidade Urbana, incluindo a reforma dos terminais da Zona Sul, a construção de um novo terminal do Mercado e a reforma do terminal do DIA. Também foi mencionada a implantação de quatro corredores de ônibus.

No fim da reunião, ficou decidido que o Conselho irá formar grupos temáticos para formular propostas, norteadas por dois eixos: Desenvolvimento Econômico; Inovação, Ciência e Tecnologia. As propostas voltadas para os avanços da Cidade devem ter como foco central a Educação.

Na formação desses grupos, o dirigente da CUT, Plínio Pugliesi, registrou a necessidade de ser assegurada a participação dos professores, representados pelo SINDIPEMA, por se tratarem de colegiados em que seus interesses profissionais serão objeto de discussão.