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CUT: entre o avanço e o atraso, país terá chance de comparar projetos

Presidente da central, Vagner Freitas afirma que Aécio será desmascarado quanto à perseguição a trabalhadores e ao que representa em termos de retrocesso político

Publicado: 08 Outubro, 2014 - 00h00

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São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, considerou normal o resultado das eleições presidenciais e acredita que o país terá agora um "momento extraordinário" para comparar as diferenças entre as candidaturas. E ele não tem dúvidas quanto às possibilidades de avanço ou de retrocesso. "Agora o Brasil tem a possibilidade de debater para onde quer ir. O PSDB já administrou o Brasil e jogou o país numa crise extraordinária. O movimento sindical brasileiro sabe o quanto é prejudicial aos trabalhadores a eleição de uma candidatura vinculada ao PSDB", afirmou.
O sindicalista, que votou ao meio-dia em Sapopemba, zona leste da cidade de São Paulo, avalia que foram para o segundo turno os partidos com maior densidade eleitoral. "Sabemos que existem no Brasil duas forças antagônicas. É um bom momento para a sociedade debater as diferenças entre os projetos."
Ele também considera que a derrota de Marina Silva (PSB) não foi surpresa. Para o cutista, Marina teve um "boom de crescimento" após a morte de Eduardo Campos, mas não apresentava a mesma densidade eleitoral dos dois principais candidatos. "Ela está repetindo mais ou menos a votação que teve quatro anos atrás." Sobre o destino dos votos de Marina no segundo turno, o presidente da CUT acredita que parte significativa pode rumar para Dilma. "Um eleitorado anti-PT já se expressou na votação surpreendente de Aécio", afirma.
O segundo turno, diz Freitas, será uma boa oportunidade para que os eleitores comparem o que foram os anos Lula/Dilma e o governo FHC. "Para saber, por exemplo, por que Minas Gerais rejeita de forma tão contundente o candidato do PSDB. Agora, tem a possibilidade de debater para onde o Brasil quer ir. Vamos desmascarar para o Brasil inteiro a perseguição que Aécio fez aos trabalhadores em Minas, principalmente na educação." Ele lembrou ainda que o atual candidato tucano era presidente da Câmara dos Deputados quando o governo Fernando Henrique apresentou o projeto de flexibilização da CLT – aprovado na Câmara, o texto parou no Senado e terminou arquivado no início do primeiro mandato de Lula.
Já São Paulo é uma "incógnita nacional", diz o presidente da CUT, ao eleger o governador Geraldo Alckmin, em um estado "com estagnação econômica, onde a educação não funciona, a saúde pública não funciona, todos questionam a segurança pública urbana, com crise hídrica". Para o dirigente, "fica claro que (São Paulo) é uma trincheira da direita, protegida pela mídia oficial, que impede que o cidadão possa conhecer as mazelas do estado".
Fonte:redebrasilatual.com.br