Escrito por: Thiago Marinho

Educação é tema de conferência hibrida promovida pela Confetam/CUT

Nesta quinta (02), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) realizou a Conferência Livre Nacional Popular de Educação 2022 dos Servidores Municipais.

Divulgação
Conferência Livre Nacional Popular de Educação 2022 dos Servidores Municipais.

Nesta quinta (02), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) realizou a Conferência Livre Nacional Popular de Educação 2022 dos Servidores Municipais.

A atividade presencial, no Auditório do Sindsep-SP e virtual através da Plataforma Zoom, fez parte da preparação da Conferência Nacional Popular de Educação em 2022 (CONAPE 2022), que terá como tema: “Reconstruir o País: a retomada do Estado democrático de direito e a defesa da educação pública, com gestão pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade social para todos/as”.

A abertura contou com as falas da presidenta da Confetam/CUT, Jucelia Vargas, da secretária licenciada de Organização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa, da secretária sub-regional da ISP para Brasil, Denise Motta, e do professor da Rede Pública de São Paulo, Douglas Izzo.

Em sua fala, a presidenta da Confetam/CUT destacou como a educação pode mudar a vida das pessoas. “Precisamos perceber o grande potencial que a educação possui na capacidade de garantir uma característica de reflexão nas pessoas. Por isso, deve-se cobrar para que a educação seja disponibilizada a todos e lutar para que essa seja digna de qualidade e padrões aceitáveis, pois somente assim haverá conscientização e politização de uma sociedade num todo, de modo que as oportunidades sejam abertas de maneira competitiva e unânime, e não somente por privilégios de poucos”, ressaltou.

O evento híbrido contou também com a participação de Wagner Romão, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Selma Rocha, professora da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Di Stefano, secretário executivo da Confederação de Trabalhadores das Universidades das Américas (CONTUA) e Julia Aguiar, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Selma Rocha criticou o projeto que regulamenta, sem nenhuma discussão com a sociedade, a prática da educação domiciliar no Brasil, também conhecido como homeschooling. “O projeto de homeschooling nada mais é que um projeto do Governo Federal, que nunca teve preocupação de fato com a educação, para beneficiar grandes grupos educacionais, que querem oferecer consultoria na educação das famílias. Isso é um retrocesso e um movimento sem volta para a nossa educação e para as futuras gerações”, enfatizou.

Para Wagner Romão, a batalha diária deve ser contra o fascismo na educação. “O projeto de ensino em casa é um grande retrocesso a educação. Outro grande problema é a implantação de escolas militares nos municípios. A educação tem um valor primordial no exercício de preparação da cidadania, não podemos esquecer disso. A agenda conservadora de Bolsonaro é totalmente contra a Constituição. Precisamos combater diariamente o fascismo educacional”, declarou.

Para Julia Aguiar, o Brasil está lidando com a pior política educacional já vista. “Bolsonaro e sua equipe não pouparam esforços para o desmonte da educação, com retirada de direitos sociais e diversos ataques a democracia brasileira. Estamos convivendo com uma combinação terrível da lógica mercadológica da educacional adicionados a uma educação militar, conservadora e amordaçada, que lida com temas como: escola sem partido e na relação com os professores e estudantes”, finalizou.

Após as falas, os dirigentes se inscreveram para serem delegados da Conferência Nacional Popular de Educação em 2022 (CONAPE 2022), que acontece de 15 a 17 de julho, em Natal (RN).