Na noite desta terça (16), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) promoveu o Ato de Lançamento da Campanha Salarial 2022 dos Servidores Municipais.
Na noite desta terça (16), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) promoveu o Ato de Lançamento da Campanha Salarial 2022 dos Servidores Municipais. O evento reuniu representantes de organizações sindicais dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Pará, Ceará, Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Piauí, Sergipe, Espírito Santo, Roraima e Rondônia.
A campanha de 2022 tem como tema “Unir, Organizar e Lutar” e como finalidade principal mobilizar os servidores em torno da luta pela garantia dos serviços públicos e dos direitos dos servidores públicos e pela preservação dos direitos sociais, trabalhistas e humanos.
Durante a abertura, a presidente da Confetam, Jucélia Vargas, ressaltou a importância da união para o fortalecimento das entidades sindicais. “Sabemos que com esse Governo Federal e os ataques aos servidores públicos temos como consequência prefeitos e prefeitas que seguem o péssimo exemplo. Sofremos ataques aos nossos direitos diariamente. A grande maioria dos municípios não querem negociar, por isso a importância da campanha unificada. O principal é melhorar a vida dos nossos servidores públicos municipais e com isso melhorar os serviços nas cidades”, enfatizou.
Segundo a presidenta do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa, é fundamental ter um olhar especial para a classe trabalhadora como um todo. “Esse tema da campanha de 2022: ‘unir, organizar e lutar’ é muito profundo e completo. Unir é uma necessidade que temos nesse momento da atual conjuntura no Brasil e no mundo! Essa unidade precisa ser aprofundada em todos os níveis, pois para derrotar essa política de fim dos direitos nós não vamos conseguir sair sem essa unidade”, apontou.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, ressaltou o poder de unidade da campanha salarial no próximo ano. “Nós da educação queremos confirmar a disposição de trabalharmos juntos na busca de uma poderosa unidade. Fazer um lançamento no ano anterior é de suma importância para que possamos entrar na lei orçamentária. Estamos juntos para nos unirmos mais ainda na luta”, disse Heleno.
Para Vilani Oliveira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal das Américas (Contram/ISP), a unificação de todas as entidades para uma pauta única é fundamental e especial. “O que vimos a nível mundial é um ataque ao setor público. Precisamos trazer o debate das privatizações para agora. O momento não é fácil. Perdemos muitos direitos e temos uma leva de prefeitos que atuam no estilo coronelismo, utilizando o poder público como extensão das suas casas. A luta é diária. Quem luta muito alcança. É necessidade fundamental o fortalecimento dessa unidade”, declarou.
“A estratégia é muito assertiva para que a análise seja mais aprofundada. A luta no ano que vem será bem complicada com um governo totalmente contra os trabalhadores, sem contar em uma crise econômica sem precedentes. Mesmo com todos os problemas é importante não esmorecermos na luta”, destacou, em sua fala, o supervisor do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Victor Pagani, evidenciando a antecedência do lançamento da campanha.
Também integrante do bloco de unidade das entidades de servidores públicos, Renilson Oliveira, presidente da Federação Nacional dos Servidores Públicos (Fenasepe), afirmou que a campanha salarial não é só para aumento salarial e sim valorizar uma categoria que é 60% da força de trabalho no Brasil. “Antes gritávamos muito separados. Quando gritamos juntos a dor diminui. É muito importante o engajamento e o tema é muito propício”, declarou.
Segundo Benedito Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), é no município que a vida acontece. “Ter uma campanha unificada é fundamental para que o município enxergue esse trabalhador como alguém fundamental para que as cidades funcionem. A vida do brasileiro é a nível municipal. A Confetam está de parabéns em fazer uma campanha a nível nacional para todos nós”, disse.
Por sua vez, Nilton Brandão, presidente do Federações de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes/Federação), demostrou alegria de participar do lançamento e apontou como o debate do momento é estratégico. “Os salários estão defasados e as prefeituras economizaram, pois não existe espaço para dialogar. A atual defasagem dos professores em 2021 chega a 31%. O debate com antecedência é fundamental”, conclui.
Já o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, ressaltou que a unidade pautas é um aprendizado para todos os dirigentes. “O tema da campanha salarial ele é estratégico e não somente pelo reajuste pois as pautas são bem mais densas. A campanha não pode ser observada pelos prefeitos como uma questão eleitoreira e sim de melhorias para uma categoria. Esse governo não nos engana mais. Eles são passageiros e os servidores públicos são servidores do Brasil”, declarou.
Finalizando os discursos institucionais, o assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Neuriberg Dias, disse que as três palavras da campanha têm uma grande sinergia e é fundamental para levar a campanha para as três esferas e combater as políticas de segregação do governo atual. “Nesse período eleitoral, Bolsonaro vai viabilizar um governo que nunca existiu. A Reforma Administrativa será o ponto crucial da campanha. Temos que nos unir para a conquista mentes e corações em todas as esferas para derrotar esse governo”, finalizou.
Pauta da Campanha Salarial
A Campanha Salarial dos Servidores Municipais é composta por 13 pautas discutidas pelos dirigentes sindicais: defesa do serviço público; reposição da inflação; justiça fiscal; defesa da Democracia e dos Direitos; defesa do SUS e SUAS; Concurso Público e Estabilidade; aprovação e implementação das leis que garantam os pisos salariais e as carreiras das diversas categorias que se organizam no serviço público; defesa da Petrobrás e das Estatais; lutar contra a aprovação da PEC 32 e demais propostas de destruição do serviço público; garantir os serviços públicos, gratuitos e de qualidade para todos e todas; negociação coletiva; pagamento dos Precatórios do Fundef; implementação do Novo Fundeb e produção de políticas de igualdade de oportunidades para mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência e LGBTQI+.
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