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Governo Bolsonaro autoriza construção de 2 mil “escolas fake”

O jornal O Estado de São Paulo no último domingo (10), fez mais uma denúncia de má gestão de recursos públicos destinados à Educação sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Publicado: 11 Abril, 2022 - 12h05

Escrito por: Thiago Marinho

Divulgação
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No caso que já está sendo chamado de “escolas fake”, o governo autorizou a construção de 2 mil novas

O jornal O Estado de São Paulo no último domingo (10), fez mais uma denúncia de má gestão de recursos públicos destinados à Educação sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). No caso que já está sendo chamado de “escolas fake”, o governo autorizou a construção de 2 mil novas escolas em várias cidades do interior do Brasil. Contraditoriamente, não tem recursos suficientes nem para iniciar as novas obras, nem para finalizar as cerca de 3.500 unidades que estão paralisadas pelo país.

O caso recai novamente sobre a gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O órgão é controlado por Marcelo Lopes da Ponte, que é ex-chefe de gabinete do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, líder do Centrão.

De acordo com a reportagem, para tirar do papel as “escolas fake”, Marcelo da Ponte, que assina a autorização, precisaria contar com R$ 5,9 bilhões em recursos públicos. Porém, com o orçamento atual do órgão, a construção das 2 mil unidades levaria 51 anos. Além disso, seriam necessários mais R$ 1,7 bilhão para concluir as 3,5 mil escolas inacabadas no País. Nesse sentido, o governo Bolsonaro fere as leis orçamentárias ao anunciar novas escolas sem finalizar as já iniciadas e sem verbas para ambas as situações.

Mesmo com fortes indícios de manobra eleitoreira, deputados e senadores da base bolsonarista comemoraram e anunciaram a construção das novas escolas como certa. O deputado Vicentinho Junior (PP-TO), mesmo partido de Ciro Nogueira, tem dado entrevistas anunciando a “conquista” de R$ 206 milhões para a construção de 25 escolas, 12 creches e três quadras poliesportivas para 38 cidades do seu estado.

“A cada dia mais irregularidades são descobertas desse governo com movimentos esquisitos entre seus parlamentares. O Ministério da Educação não teve paz um só dia: seja pelas trocas de ministros, ações contra as universidades e declarações dadas. Nossa educação merece respeito e não podemos deixar que ela vire moeda de troca da velha politicagem”, ressaltou Jucélia Vargas, presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).