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Greve em Canindé do São Francisco (SE) começa nesta sexta (22)

Servidores da Saúde exigem os pagamentos de dezembro de 2017 e maio de 2018.

Publicado: 20 Junho, 2018 - 14h59

Escrito por: Escrito por: Iracema Corso

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Assembleia de greve foi realizada nesta segunda-feira, 18/6

Em assembleia geral, a maioria dos servidores públicos municipais de Canindé do São Francisco decidiu na segunda-feira, 18/6, que vai iniciar greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 22/6, próxima sexta-feira. A categoria construiu atos, mobilizações e até a ocupação do prédio da Secretaria de Finanças para cobrar o pagamento do salário de dezembro dos servidores públicos lotados na Secretaria de Saúde, os mesmos que ainda não receberam o salário de maio de 2018.

Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o SINDISERVE CANINDÉ (Sindicato dos Servidores Públicos de Canindé do São Francisco) também denunciou nas redes sociais que a Prefeitura de Canindé de São Francisco não está repassando a alguns bancos os valores correspondentes aos consignados e, por conta disso, servidores que precisam de folhas de cheques não estão conseguindo emitir gerando grande constrangimento para os trabalhadores que cumprem sua jornada diariamente com responsabilidade.

Servidores da Saúde do município de Canindé de São Francisco não receberam até a presente data o salário referente ao mês de abril/2018. Ainda não receberam também metade do salário de dezembro/2017. E ainda acumulam 3 férias sem receber o direito constitucional do terço ferial. Servidores Municipais de todas as áreas sofrem com atrasos salariais e desrespeito aos direitos garantidos pelo Plano de Carreira, Estatuto do Servidor e outras leis.

O secretário geral da FETAM (Federação dos Trabalhadores do Serviço Público de Sergipe), Edmilson Balbino, postou nas redes sociais que é preciso dar um basta nos desmandos e na corrupção que atrapalha a vida do povo. “Vereador recebendo pela folha de pagamento sem trabalhar. Fantasma vereador com o aval dos demais e os acordos ultrapassando os limites da legislação. Esse é o cenário de uma cidade rica com o povo pobre. Direitos dos Servidores Municipais são negados enquanto fantasmas e laranjas enchem a folha de pagamento do município. Não há fiscalização da aplicação dos recursos públicos e a ‘justiça’ serve para resguardar ou legitimar essas e outras graves irregularidades criminosas”, denunciou.

Por insalubridade

A greve começa no dia 22 de junho, mas a mobilização em Canindé do São Francisco não para. Na manhã desta terça-feira, 19 de junho, serventes do município se uniram e foram até à Secretaria de Administração para fazer o requerimento do adicional de insalubridade, garantido pelo Estatuto do servidor. O presidente do SINDISERVE CANINDÉ registrou o momento e convidou demais trabalhadores serventes afazerem o mesmo.

“É um absurdo reter o salário e negar o que é de direito dos trabalhadores. Ainda mais em uma cidade rica como Canindé do são Francisco, mas que tem uma administração precária, um Executivo devagar, uma Câmara de Vereadores omissa e um Judiciário que tem que ser mais enérgico e começar a punir aqueles que não fazem o bom uso do dinheiro público. Hoje viemos cobrar o adicional de insalubridade dos serventes e todos os dias o sindicato vai cobrar o que é de direito dos servidores públicos”.