Greve: Solidariedade aos trabalhadores do Reino Unido
Publicado: 26 Janeiro, 2023 - 11h20
Escrito por: Thiago Marinho

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), vem, através de nota, repudiar as ações do governo do Reino Unido que está tentando fazer com que o Parlamento apresse medidas para limitar severamente o direito de greve em vários setores.
O governo do Reino Unido está planejando introduzir uma nova lei que obriga os trabalhadores dos principais setores públicos, como serviços de ambulância, a manter um nível básico de serviço durante greves ou risco de demissão.
Em um comunicado na quinta-feira, o governo disse que apresentaria um projeto de lei no parlamento nas próximas semanas para estabelecer níveis mínimos de segurança para serviços de bombeiros, ambulâncias e ferroviários.
A nova lei, que obrigaria uma certa porcentagem de trabalhadores a continuar exercendo suas funções em dias de greve, também poderia afetar enfermeiros, professores e funcionários da imigração. Os trabalhadores que entrarem em greve após terem sido instruídos a comparecer ao trabalho por seu empregador e sindicato podem ser demitidos.
O novo projeto de lei também abrange serviços de saúde, educação, descomissionamento nuclear, segurança nas fronteiras e outros serviços de transporte. O governo disse que só imporá níveis mínimos de segurança nessas áreas se “acordos voluntários” não puderem ser alcançados.
A Trade Union Confederation (TUC) está atualmente em uma grande campanha para impedir que o "Projeto de Lei de Greves (Padrões Mínimos de Serviço)" se torne lei.
No dia 1º de fevereiro, a TUC realizará um dia de ação para proteger o direito à greve.
Nesse mesmo dia, várias centenas de milhares de trabalhadores de setores como serviço público (PCS), educação (NEU e UCU) e transporte (RMT e ASLEF) entrarão em greve no âmbito de suas disputas trabalhistas por salários, postos de trabalho e condições.
Já dia 30 de janeiro, os deputados vão debater e votar o projeto de lei.
A CSI e a TUC estão solicitando às suas organizações irmãs que apoiem a sua campanha realizando uma ou mais ações de solidariedade.
Nós, que fazemos parte da Confetam/CUT, nos juntamos e nos solidarizamos com as outras organizações, citadas acima, na luta para que esses trabalhadores e trabalhadoras possam ter seus direitos sindicais protegidos. A batalha segue e retroceder jamais. A ruas nos esperam!