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Guarda Municipal de Guarulhos agride militantes que protestavam contra Feliciano e Bolsonaro

Mais de dez manifestantes foram feridos durante protesto contra Marco Feliciano e Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro

Publicado: 23 Maio, 2016 - 18h17

Escrito por: CUT/SP

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Homem que participava do protesto foi ferido no rosto

Na manhã deste sábado (21), manifestantes de movimentos ligados à Frente Brasil Popular SP foram agredidos pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) enquanto realizavam um ato pacífico em repúdio à presença dos deputados federais Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e Marco Feliciano, que participariam de um evento na Câmara Municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Os participantes estavam em frente o prédio segurando cartazes e alertando a população sobre as pautas conservadoras que estão em discussão no país, quando os guardas metropolitanos chegaram ao local e começaram, sem motivos, a atirar balas de borracha, bombas de efeito moral e fazer uso de cassetetes para dispersar o público. Feridos, os manifestantes reagiram atirando pedras e pedaços de madeiras.

Segundo relatos dos que estavam presentes, mais de dez pessoas foram machucadas e tiveram de ser encaminhadas para atendimento médico. Outros dois manifestantes acabaram levados para a 1ª Delegacia de Polícia de Guarulhos, sob a acusação de dano ao patrimônio público. Eles foram liberados no início da noite, mediante pagamento de fiança de R$ 2 mil cada um. Foi feita uma arrecadação entre os manifestantes para obter o valor total.

Abuso de autoridade

Coordenador da CUT Guarulhos, Marcos Meira disse que os guardas civis estavam despreparados e abusaram da força. “Era uma manifestação pacífica e tudo estava tranquilo até a chegada deles, que usaram da força bruta. Espero que o prefeito de Guarulhos tome providências o mais breve possível”.

À página Parabula.net, a dirigente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos, Silvana Kaproski, também condenou a forma violenta dos membros da guarda. “A nossa manifestação foi legítima e forma com que a Guarda Civil agiu foi inaceitável”.

O ato foi organizado por movimentos sociais e sindical e faz parte de uma séria de atividades contra o golpe em curso no País que, além de derrubar uma presidenta democraticamente eleita, coloca em risco direitos sociais e trabalhistas. Os deputados Bolsonaro e Feliciano, ambos do PSC, votaram a favor do golpe e são conhecidos por defender pautas contrárias aos direitos humanos e, inclusive, exaltam o período da ditadura militar no Brasil.

No ato deste sábado, participaram representantes de coletivos LGBT, da Marcha Mundial das Mulheres, do Partido dos Trabalhadores, CUT Guarulhos e sindicatos cutistas. Com o ocorrido, um beijaço gay previsto para acontecer no mesmo dia teve de ser cancelado. Os movimentos afirmam que irão cobrar esclarecimentos sobre a ação da GCM.

Com informações da Rede TVT