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II Congresso Extraordinário da Confetam aprova moção contra o golpe e pela democracia

Servidores denunciaram a ilegalidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff e defenderam a manutenção do Estado Democrático de Direito

Publicado: 03 Maio, 2016 - 15h49

Escrito por: Fetamce

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Delegados de todo o Brasil aprovaram moção por unanimidade

Reunidos na plenária deliberativa do II Congresso Extraordinário da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), no dia 29 de abril, em Florianópolis, os delegados participantes aprovaram moção que denuncia o golpe de Estado em curso contra a presidente Dilma Rousseff e assumiram o compromisso de engrossar manifestações para barrar ataques à democracia, aos direitos trabalhistas e sociais e ao patrimônio do povo brasileiro.

Confira a moção na íntegra:

Nós, servidores e servidoras municipais, reunidos no II Congresso Extraordinário da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), que acontece em Florianópolis (SC), denunciamos e combatemos o golpe de Estado em curso no país, que quer derrubar e dar fim ao mandato popular da presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente com R$ 54 milhões de votos.

Alegando um crime de responsabilidade pela prática da chamada “pedalada fiscal” (um procedimento contábil que não constitui crime de qualquer espécie) e expondo um verdadeiro arsenal de preconceitos e objetivos políticos escusos, a Câmara dos Deputados composta em grandíssima maioria por empresários, ruralistas e conservadores (mais de uma centena deles investigados ou acusados de crimes de corrupção) aprovou, no último dia 17, o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma.

Agora, o processo está em tramitação no Senado Federal, onde precisa ter a aprovação de ⅔ dos senadores para que a presidenta seja afastada. Se aprovado, quem assume a presidência da república é o vice, Michel Temer (PMDB), citado como beneficiário de propinas no Lava Jato e também acusado da prática de pedalada fiscal.

Na ausência dele, seja por renúncia, morte ou cassação, toma posse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu em processos de corrupção e lavagem de dinheiro e principal beneficiado com a saída de Dilma Roussef, uma vez que o mesmo já teve abrandamento em seus processos de cassação após aprovação do impeachment na Câmara. Ambos, mais os tucanos e outros derrotados nas eleições presidenciais, são apontados como patrocinadores do golpe.

Ironicamente, Dilma Rousseff não possui nenhuma denúncia de crime de corrupção, desvio de dinheiro público, enriquecimento ilícito ou ocultação de contas bancárias no exterior. Por isso, para os servidores municipais, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e suas 17 federações filiadas, se não há crime, é golpe. Vamos engrossar todas as manifestações que se seguirão para barrar ataques à democracia, aos direitos trabalhistas e sociais e ao patrimônio do povo brasileiro.

Florianópolis, 29 de abril de 2016