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“Israel não cumpriu até hoje nenhuma resolução da ONU para a Palestina”, garante dirigente da Federação Árabe do Brasil

Resoluções 194 e 242 determinam restituição de territórios, bens e retirada de territórios conquistados pela guerra

Publicado: 13 Agosto, 2014 - 00h00

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Israel segue sem cumprir as resoluções da ONU, inclusive a que possibilitou a criação do estado judeu. Esta é uma das análises do dirigente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualide Rabah, que participou da última edição do ReperCUT Paraná, ao lado do diretor religioso da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, Gamal Omaire.
Rabah recorda que o início da invasão das terras Palestinas sob a tutela da Inglaterra e França ocorre em 1922. A partir de anos de lutas na região, que culmina com a autoproclamação de Israel como estado em 1948, ficando em seu poder com 78% do território da palestina histórica. Prontamente os Estados Unidos da América e a União Soviética reconhecem o novo País, contudo, a ONU só o faria um ano depois.
“A ONU lança a resolução vinculante 194 que diz: todos os refugiados devem retornar e Israel deve restituir todos os territórios e bens. Para ser aceito como estado membro da ONU, Israel aceita cumprir esta resolução”, recorda Rabah. Contudo, desde então a resolução jamais foi cumprida. Ele ainda recorda de outra resolução do organismo internacional, a de número 242 que determina que Israel deveria se retirar de todos os territórios conquistados pela guerra. “Israel não cumpriu até hoje nenhuma resolução da ONU para a Palestina e mantém a ocupação da totalidade do território palestino, seja por colônias constituídas ilegalmente na Cisjordânia seja pelo cerco de gaza”, completa.
O dirigente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, Gamal Omaire, avalia que, infelizmente, a resistência é única forma dos palestinos manterem, mesmo que minimamente, a sua autoderminação. “Gaza passa por um bloqueio por sete anos, nada entra na região, nem medicamentos, nem alimentos. Uma região de 400km2 totalmente cercada com uma população de 1,7 milhão de palestinos totalmente confinada, sendo massacrada por Israel três vezes em seis anos. Há um plano de limpeza étnica, de exterminar o foco da resistência palestina, alegando que o Hamas não reconhece o estado de Israel e portanto não tem legitimidade para pleitear seus direitos”, analisa.
Para saber mais sobre o tema, a eleição do Hamas na Palestina, o futuro das negociações, como funciona o bloqueio na Faixa de Gaza e todo o histórico dos conflitos veja o programa na íntegra.
Fonte: CUT Nacional