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Nota oficial: Confetam repudia indicação do novo Ministro da Saúde

Inexperiente e de ética médica questionável, Nelson Teich propôs escolha entre jovem e idoso

Publicado: 17 Abril, 2020 - 19h18

Escrito por: Confetam

Folhapress
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A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) acredita que a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde foi mais uma das insanidades cometidas pelo pior presidente da história deste país.

A troca de ministro realizada por Jair Bolsonaro, em meio à pandemia da covid-19, foi motivada por um dos sentimentos mais pobres que acometem o ser humano: a inveja. Embora a imprensa tenha destacado as supostas divergências ideológicas entre o então gestor da saúde e o presidente, o que levou à dispensa de Mandetta foi a pequeneza do líder máximo desta nação, que carrega um egocentrismo extremo e age por meio de decisões amorais, sem a menor demonstração de arrependimento ou remorso.

Diante disso, a Confetam acredita que mais uma vez Bolsonaro lançou o país em um cenário de terror. O perfil do novo Ministro da Saúde do Brasil, o médico Nelson Teich, é preocupante. O indicado do Psicopata da República é completamente inexperiente. O oncologista não tem qualquer vivência no SUS (Sistema Único de Saúde) e muito menos possui conhecimento da realidade do país e do próprio Ministério.

Além disso, em declarações dadas anteriormente, que podem ser vistas em um vídeo que circula nas redes sociais, Teich questiona se é prioritário, para um gestor da área de saúde, investir em salvar um adolescente, “que tem a vida inteira pela frente”, ou um idoso “com doença crônica avançada”.

A declaração irresponsável e cruel não compactua com a posição de gestor máximo da saúde pública de um país, ainda mais quando este território enfrenta a maior crise sanitária de sua história. Como uma pessoa de ética médica questionável pode ser responsável por coordenar o enfrentamento de uma pandemia? Para o ramo dos servidores municipais, é preciso que a saúde dos brasileiros seja, de uma vez por todas, tratada com mais seriedade.

Enquanto o Brasil, a cada dia, bate novos recordes de mortes, tem uma testagem pífia e, ainda, é vítima de sucessivas crises criada pelo próprio presidente, o Ministério da Saúde não pode ser ocupado por alguém complemente despreocupado com a vida, como demonstrou o agora gestor: “Eu tenho uma pessoa que é mais idosa, tem uma doença crônica avançada e teve uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar para investir em um adolescente que está com um problema. Só que essa pessoa é um adolescente que vai ter a vida inteira pela frente e o outro é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?”, pergunta Nelson Teich, como um anjo da morte, no famigerado vídeo que citamos.

Preocupa ainda que a chegada de Teich leve a um afrouxamento das medidas de isolamento social e ao desmonte das demais iniciativas de enfrentamento, questões consideradas cruciais para que o sistema de saúde não entre em colapso.

Para a Confetam, o povo brasileiro vai precisar se preparar para enfrentar dias ainda mais sombrios. Diante disso, a entidade convoca os servidores públicos municipais do país a se manterem firmes na defesa de seus direitos e na prevenção ao Coronavírus, respeitando as medidas de isolamento. E, especificamente para os funcionários de serviços essenciais, que estão na linha de frente do enfrentamento à doença, é preciso ainda mais capacidade de resistência e cobrança de condições adequadas de trabalho.

A nossa luta só está começando! Como dissemos em outras oportunidades, as forças democráticas deste país precisam eliminar o “bolsonarismo” para que se consiga enfrentar o outro vírus. Ambos tem capacidade mortal sem precedentes.