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Número de greves municipais alcança 649 em 2016

Quase a totalidade delas parte de trabalhadores da administração direta

Escrito por: Pedro Carrano • Publicado em: 29/08/2017 - 11:52 • Última modificação: 29/08/2017 - 12:00 Escrito por: Pedro Carrano Publicado em: 29/08/2017 - 11:52 Última modificação: 29/08/2017 - 12:00

Sismuc Em 2016, municipais lutaram para manter direitos

Documento do Departamento de Estudos e Estatísticas Intersindicais (Dieese) levantou o número de greves de 2016, tanto no setor público quanto no privado.

No geral, nos três níveis do funcionalismo (federal, estadual e municipal) foram 979 greves e mais de 96 mil horas paradas. Além de 121 greves em empresas estatais.

Uma primeira característica do documento do Dieese é o predomínio de paralisações novamente no setor público em comparação com o setor privado, que apresentou 986 greves. Esse dado representa uma mudança na tendência observada ao longo dos anos 2000, quando trabalhadores do setor privado haviam recuperado iniciativa de lutas. 

Prevaleceu também, em 2016, a pauta defensiva, contra a retirada de direitos, própria do período de gestão Temer (PMDB), a partir do golpe de 2016, que vem retirando direitos trabalhistas.

Municipais e luta defensiva

A maioria das greves no serviço público ocorreu para evitar perda de direitos ou salários em atraso. São as chamadas pautas “defensivas”. Somente 22% das greves não foram por bandeiras defensivas, mas por temas propositivos. 

Embora todos os setores do funcionalismo público – federal, estadual e municipal -, tiveram o predomínio dessas pautas defensivas, os municipais se destacam nesse quesito, com 522 greves defensivas contra apenas 307 propositivas – o que pode refletir o impacto de políticas de ajuste fiscal nas cidades, forçando o servidor a defender manutenção de direitos. 

A principal pauta dessas greves foi contra o atraso salarial promovido por prefeituras: 35,6%, seguida por condições de trabalho (26,3%) e contra o atraso no Plano de Cargos e Salários (15,4%).

No caso do município de Curitiba, com os ataques do prefeito Rafael Greca (PMN), em 2017, a tendência é que os dados referentes ao atual ano sejam piores.

Mais dados

Judicialização

A judicialização da greve e o envolvimento do Judiciário alcançou 33,8% das negociações municipais.

Local de trabalho

Apenas 11,2% das greves ocorreram a partir de problemas nos locais de trabalho, mas o que pode, ao mesmo tempo, apontar caminhos para a resistência contra retirada de direitos. 

O local de trabalho é o espaço prioritário para cada servidor se organizar.

Terceirizados também se envolvem

O documento do Dieese destaca ainda, desde 2012, a incidência de greves entre trabalhadores terceirizados. Isso acontece na esfera privada e também na pública, a partir de trabalhadores em coleta de lixo e limpeza pública, rodoviários do transporte coletivo urbano, enfermeiros e profissionais de OSs.

Título: Número de greves municipais alcança 649 em 2016, Conteúdo: Documento do Departamento de Estudos e Estatísticas Intersindicais (Dieese) levantou o número de greves de 2016, tanto no setor público quanto no privado. No geral, nos três níveis do funcionalismo (federal, estadual e municipal) foram 979 greves e mais de 96 mil horas paradas. Além de 121 greves em empresas estatais. Uma primeira característica do documento do Dieese é o predomínio de paralisações novamente no setor público em comparação com o setor privado, que apresentou 986 greves. Esse dado representa uma mudança na tendência observada ao longo dos anos 2000, quando trabalhadores do setor privado haviam recuperado iniciativa de lutas.  Prevaleceu também, em 2016, a pauta defensiva, contra a retirada de direitos, própria do período de gestão Temer (PMDB), a partir do golpe de 2016, que vem retirando direitos trabalhistas. Municipais e luta defensiva A maioria das greves no serviço público ocorreu para evitar perda de direitos ou salários em atraso. São as chamadas pautas “defensivas”. Somente 22% das greves não foram por bandeiras defensivas, mas por temas propositivos.  Embora todos os setores do funcionalismo público – federal, estadual e municipal -, tiveram o predomínio dessas pautas defensivas, os municipais se destacam nesse quesito, com 522 greves defensivas contra apenas 307 propositivas – o que pode refletir o impacto de políticas de ajuste fiscal nas cidades, forçando o servidor a defender manutenção de direitos.  A principal pauta dessas greves foi contra o atraso salarial promovido por prefeituras: 35,6%, seguida por condições de trabalho (26,3%) e contra o atraso no Plano de Cargos e Salários (15,4%). No caso do município de Curitiba, com os ataques do prefeito Rafael Greca (PMN), em 2017, a tendência é que os dados referentes ao atual ano sejam piores. Mais dados Judicialização A judicialização da greve e o envolvimento do Judiciário alcançou 33,8% das negociações municipais. Local de trabalho Apenas 11,2% das greves ocorreram a partir de problemas nos locais de trabalho, mas o que pode, ao mesmo tempo, apontar caminhos para a resistência contra retirada de direitos.  O local de trabalho é o espaço prioritário para cada servidor se organizar. Terceirizados também se envolvem O documento do Dieese destaca ainda, desde 2012, a incidência de greves entre trabalhadores terceirizados. Isso acontece na esfera privada e também na pública, a partir de trabalhadores em coleta de lixo e limpeza pública, rodoviários do transporte coletivo urbano, enfermeiros e profissionais de OSs.



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