Popularidade de Bolsonaro despenca e já é a pior dos últimos 24 anos
Em apenas três meses, presidente de extrema direita já ostenta o título de mais mal avaliado desde 1995. Os quatro antecessores eleitos pelo povo tiveram avaliação melhor no mesmo período de governo.
Publicado: 05 Abril, 2019 - 17h21
Escrito por: Marize Muniz
A cinco dias de completar 100 dias de governo, as avaliações positivas da gestão de Jair Bolsonaro (PSL) caíram 15% e as negativas subiram 9%, segundo a sexta edição da pesquisa mensal XP/Ipespe, realizada entre os dias 1º e 3 de abril, divulgada nesta sexta-feira (5).
De acordo com a pesquisa, a aprovação do governo de Bolsonaro caiu de 40% para 35% desde que ele tomou posse em 1º de janeiro deste ano.
Já a reprovação segue tendência oposta, de alta. Em fevereiro, ela era de 17%, passou a 24% em março. Em abril, atingiu 26%. Só o percentual dos que consideram o governo regular se manteve estável, em 32%, nesses três meses.
A pesquisa também mostra queda, de 54% para 50%, no grupo que espera que o restante do mandato de Bolsonaro seja ótimo e bom.
Já entre os que esperam que o resto de mandato seja ruim ou péssimo aumentou de 20% para 23%.
O mais mal avaliado desde 1995
Em apenas três meses de gestão, o presidente de extrema direita já ostenta o título de mais mal avaliado entre os que foram democraticamente eleitos pelos brasileiros desde 1995. Seus quatro antecessores (Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor de Melo) foram melhores avaliados pelos brasileiros quando tinham três meses de governo.
Só ganha de Temer, o golpista
Bolsonaro só ganha do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB), vice que traiu a presidenta Dilma Rousseff (PT), se aliou ao candidato que perdeu a eleição de 2014, Aécio Neves, a mídia e ao Judiciário e deu um golpe de estado para usurpar o posto de presidente da República.
Com três meses de governo, as avaliações de Temer eram: 77% de ruim e péssimo, contra 26% de Bolsonaro; e 4% de ótimo contra 35% de Bolsonaro.
Metodologia
A pesquisa divulgada pela XP Investimentos foi realizada pela empresa Ipespe. O levantamento, feito entre os dias 1º a 3 de abril, ouviu 1.000 pessoas em todo o país.
A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais e as entrevistas foram feitas por telefone.