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Prefeitura de Sobral (CE) retalia professores com demissões após manifestação

Em Sobral (CE), após os professores realizarem protesto pelo reajuste salarial de 33,24% na última quinta-feira (17/03), o Prefeito da cidade, Ivo Gomes (PDT), aplicou uma série de retaliações.

Publicado: 21 Março, 2022 - 12h58

Escrito por: Thiago Marinho

Divulgação
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A movimentação da categoria ocorreu após o Executivo oferecer um aumento de apenas 21%.

Em Sobral (CE), após os professores realizarem protesto pelo reajuste salarial de 33,24% na última quinta-feira (17/03), o Prefeito da cidade, Ivo Gomes (PDT), aplicou uma série de retaliações à categoria. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sobral (Sindsems), houve a demissão de 86 professores da rede municipal e a cassação da suplementação de carga horária de diversos profissionais.

“A gestão de Sobral se coloca como democrática, mas demite na parte da tarde os professores, tira a suplementação da carga horária temporária por retaliação pela manifestação que fizemos. É um absurdo você querer que o sindicato fique de mãos atadas a base de mordaça”, diz o presidente do Sindsems, Gilcelio Paiva, questionando ainda: “Como está o psicológico dessas pessoas? Como vão pagar as contas?”.

A movimentação da categoria ocorreu após o Executivo oferecer um aumento de apenas 21%, percentual menor que o firmado nacionalmente. Apesar de o sindicato ter tido algumas demandas do magistério atendidas pela Prefeitura, a do aumento integral da categoria ficou de fora. “Se a educação de Sobral é a melhor do Brasil, referência mundial, tem que ser mais valorizada”, disse Gilcelio Paiva.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e demais entidades filiadas apoiam integralmente as movimentações dos educadores municipais do Ceará. “Os prefeitos além de não cumprirem a lei federal, que garante o reajuste em 33,24%, agora seguem com práticas antisindicais. O direito à manifestação está assegurado na Constituição. A Confetam segue atenta e vigilante para que todos os prefeitos cumpram a lei e que eles possam sair do discurso de valorização da educação para a prática verdadeiramente”, ressaltou Jucélia Vargas, presidenta da Confetam/CUT.