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Sertoledo repudia massacres impunes contra servidores do Paraná

Ordenado pelo governador Beto Richa, último ataque deixou mais de 200 pessoas feridas.

Publicado: 30 Agosto, 2019 - 16h50

Escrito por: Wagner Lima

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A data 30 de agosto jamais será esquecida pelos servidores da educação do Paraná.  Um dia que ficou para a história do Estado como um dia de luto e desrespeito. Era 30 de agosto de 1988, quando os servidores ocuparam a Praça Nossa Senhora da Salete, local da sede do governo estadual, em protesto pelo reconhecimento da carreira. O então governador Álvaro Dias, ao invés de dialogar com a categoria, lançou cavalos e bombas nos trabalhadores e trabalhadoras que estavam em uma manifestação pacífica. No local, centenas de manifestantes e familiares ficaram feridos.

Mal sabiam os educadores que a história de violência voltaria a se repetir, desta vez com o então governador Beto Richa (PSDB). Em 29 de abril, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, balas de borracha. A Polícia Militar (PM), a mando do governador, realizou uma das operações mais violentas da história, em Curitiba. Mais de 200 pessoas ficaram feridas durante um protesto contra mudanças no regime previdenciário de professores e funcionários de escolas. Nenhum agente do Estado foi responsabilizado pelo episódio, conhecido como Massacre de 29 de Abril ou Batalha do Centro Cívico. 

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (Sertoledo) relembra e repudia as cenas de violência que não saem da cabeça dos servidores estaduais, do povo do Paraná e de todo Brasil. Essa data continua uma marca com feridas ainda abertas. Seja porque o próprio governo desencadeou um conjunto de outras violências, a partir daquele período, seja pela impunidade, que parece ter se tornado comum  no estado do Paraná.