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Servidores públicos municipais reforçam a Greve Nacional da Educação em Aracaju

Em Sergipe, a greve alcançou a Grande Aracaju, Itabaiana e Glória.

Publicado: 16 Maio, 2019 - 14h45

Escrito por: Iracema Corso

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Milhares de manifestantes ocuparam as ruas no dia 15 de Maio em Aracaju, na Greve Geral da Educação. O protesto desta quarta-feira fortaleceu a união da população brasileira que não abre mão do direito à educação e à aposentadoria, um passo decisivo para a construção da Greve Geral, no dia 14 de junho.

Pela manhã, as manifestações aconteceram na porta do IFS em Aracaju, Glória e Itabaiana, na UFS em São Cristóvão e na Câmara Municipal de Aracaju. “Nós precisamos continuar na luta por uma educação de qualidade, pela garantia da nossa aposentadoria e de todo trabalhador brasileiro”, destacou o professor Adelmo Santos (SINDIPEMA), reforçando a luta pelo cumprimento do Piso do Magistério na porta da Câmara de Vereadores de Aracaju.

No turno da tarde, o protesto ganhou as ruas do Centro. Estudantes, professores, lideranças sindicais, a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, a população em geral ocupou as ruas para manifestar que Educação pública de qualidade é imprescindível para o futuro do País – desde o Ensino Básico, Ensino Médio, passando pelo Ensino Técnico e Ensino Universitário, graduação e pós-graduação.

Emocionado pela beleza e força do protesto, o estudante Lucas Bonfim da Articulação de Esquerda da União Nacional dos Estudantes (UNE) explicou a multidão de estudantes no ato. “Não vamos sair pela porta dos fundos da Universidade pública, não vamos aceitar nenhum retrocesso. O que nós conseguimos até agora foi muito pouco. Ainda vamos colocar toda a classe trabalhadora na universidade. Nós vamos colocar o filho da trabalhadora doméstica pra virar doutor sim. Enquanto a educação não libertar o nosso País, nós não vamos sair das ruas, nós queremos a educação de Paulo Freire. Olavo de Carvalho não fala a língua da população brasileira. Quem fala a nossa língua é quem está aqui nas ruas lutando pelo futuro do Brasil”.

Segundo a professora Ivonete Cruz, presidente do SINTESE, a luta é por educação, aposentadoria e dignidade. “O dia 15 de maio que era uma greve nacional da educação se transformou num movimento nacional do povo brasileiro de luta e resistência contra o desmonte do Brasil, contra essa reforma que vai acabar com o direito à aposentadoria, contra o desmonte da educação brasileira. Temos aqui uma juventude desempregada, queremos de volta a dignidade do povo brasileiro, a restituição da nossa democracia e isso não será possível sem Lula livre, porque Lula é inocente, porque Lula é um preso político e aqueles que mantém Lula na prisão querem acabar com os direitos do povo brasileiro”.

Rumo à Greve Geral

“Já unificou, é estudante junto com trabalhador”, cantava a multidão de estudantes ao passar pelas ruas do Centro de Aracaju, convidando todos a se somar ao protesto.

Ombro a ombro com as organizações estudantis e de professores, vários sindicatos participaram da manifestação, a exemplo da FETAM (Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal) que trouxe a Aracaju dirigentes do Sindiserve Canindé, Sindiserve Poço Verde, Sindiserve Glória e Sindiserve Propriá (Oposição). Também viajou até Aracaju o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aquidabã e, entre várias representações sindicais, diretores do SINDIJUS, SINDISEMP, SINDISAN e SINDITIC/SE participaram do ato.

“Temos um novo encontro marcado: a Greve Geral Nacional. No dia 14 de junho, na Greve Geral em defesa da aposentadoria e contra as privatizações do governo Bolsonaro, vamos fechar o comércio, vamos parar os ônibus... Vai ser a greve desta década. Iremos às periferias, vamos falar com todo o povo. Ou a gente para o Brasil ou este governo vai atropelar nossos direitos”, discursou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, o professor Dudu.