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Municipais de SP lançam Campanha Salarial 2021 e cobram pagamento da Bonificação de Resultados

Após ato na Prefeitura, gestão se comprometeu a dar uma resposta até a próxima semana

Publicado: 18 Junho, 2021 - 18h31

Escrito por: Sindsep/SP

Sindsep/SP
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O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep/SP) realizou, na manhã desta sexta-feira (18), ato em frente a Prefeitura para cobrar do prefeito Ricardo Nunes (MDB) o pagamento da bonificação de resultados e para dar início à Campanha Salarial 2021.

Sergio Antiqueira, presidente do Sindsep, no início da atividade falou sobre a situação dos trabalhadores que ao longo de 20 anos amargam um reajuste salarial de 0,01%. E falou sobre a bonificação, que o Sindsep é contrário a essa forma de remuneração, pois ela exclui os aposentados.

Além disso, foram para a porta da Prefeitura porque temem tomar um calote do governo. O prefeito enviou para a Câmara o projeto para que fosse votado, sendo que nesta quinta-feira (17), ele passou em primeira votação com 48 votas a favor e 4 contrários. A segunda votação acontecerá na próxima terça-feira (22).

“Se o dinheiro não tá no bolso, servidor vai sentir, a inflação vai comendo e quem ganha menos no serviço público mais sofre. Quanto menos ela ganha mais ela precisa do salário para alimentação. Aqui estão os menores salários da prefeitura representados”, afirmou Sergio.

Em seguida Sérgio lançou a campanha salarial 2021, lendo a pauta unificada construída pelo Fórum das Entidades que defendem os servidores públicos, entregue ao governo no dia 26 de maio e lida na atividade para todos. (Leia a pauta Unificada).

Vlamir Lima, dirigente do Sindsep e secretário adjunto de Comunicação e Imprensa da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), falou sobre a PEC 32, mais conhecida como reforma administrativa, que o Congresso e o governo genocida de Jair Bolsonaro querem aprovar e caso aprovada acaba com o serviço e servidores públicos. Se aprovada acaba com concurso público. Ademais na cidade de São Paulo significará o fim da saúde, educação, assistência social e com a aposentaria dos servidores, pois não terá trabalhadores para contribuir. “Corremos risco de se aposentar e não ter dinheiro”, declarou.

O dirigente ainda falou sobre a campanha de pressão para que os deputados estaduais de São Paulo digam não a reforma administrativa e pediu para todos acompanharem as redes sociais do Sindsep. Convidou também para que todos os presentes participem neste sábado (19), às 16 horas, na Av. Paulista, do ato fora Bolsonaro. O Sindicato convoca para o ponto de encontro na esquina da Av. Paulista X Rua Peixoto Gomide (em frente à loja Marisa).

Representantes de outras entidades também estiveram presentes no ato como Silas Neto do Sindsaúde, que falou sobre a PEC 32, que ela entregara todo serviço público na mão da iniciativa privada. Victor Dourado, presidente do Simesp, falou sobre os ataques sofridos pelos trabalhadores da saúde e lembrou dos muitos que perderam suas vidas no combate a pandemia. A saúde pública está sendo entregue para as organizações sociais e os trabalhadores não ganham nem para suprimir a inflação.

Os servidores presentes também relataram a situação da sua categoria, como Marilza, do Serviço Funerário, que relatou a falta de trabalhadores, pois muitos já morrem na pandemia, fazendo sepultamento ou remoção de corpos. “Trabalhamos numa linha de produção e sem reajuste de salário há 20 anos, ganhando 0,01%. As pessoas não vêm a gente, não lembram de nós. Os que se aposentam duram 6 meses, 1 ano. Porque quando chega na hora de receber o salário de aposentadoria ganham um padrão de 1 mil, 1200 Reais, não dá para nada. Então quando fica doente, falece. Quando acha que vai ter uma velhice digna acabam falecendo”.

Após conversa com o governo, Sérgio apresentou o que ficou acordado com o governo. Em relação a bonificação de resultados, o governo se comprometeu a dar uma resposta na próxima quarta-feira (23), após segunda votação na Câmara, sobre o prazo para o pagamento, cuja expectativa é que ocorra até 30 de junho ou começo de julho. O Sindsep considera um prazo razoável, mas que caso seja poster gado ou não cumprido, irá convocar os servidores para um novo ato e possível paralisação.

O governo ainda se comprometeu para no segundo semestre discutir os mecanismos da BR. O Sindsep também pediu para que a mesa central de negociação seja retomada, pois a discussão da pauta lançada passa pela articulação com as demais entidades. Sérgio se comprometeu a falar na reunião do Fórum com os demais sindicatos.

O Sindsep acordou com o governo que nas mesas de negociação setorial seja sempre solicitada a presença de membros da secretaria executiva de Gestão, para que as ações tomadas em outras Secretarias estejam articuladas con a Casa Civil. Sindsep ainda falou para os presentes que irá mandar um ofício pedindo a publicação do quadrimestral, para que possa saber porque não esta sendo pago.