Escrito por: Iracema Corso

Sindicato pressiona e Prefeitura apresenta proposta para pagar salário atrasado

Professores municipais de Canindé de S. Francisco estão sem receber salário há dois meses.

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Há dois meses os professores de Canindé do São Francisco (SE) estão sem receber salário. As crianças e adolescentes estão sem aula e toda a população está sendo prejudicada. Para resolver este grave problema, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques, o professor Dudu, junto ao professor Danilo Souza, Coordenador das Bases Municipais do Alto Sertão do SINTESE, conseguiram agendar uma reunião com a secretária de Educação e de Finanças e Administração do município para encontrar uma solução rápida.

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindiserve Canindé), Emanoel Aleixo, participou da atividade de luta. “Os professores completaram dois meses sem receber salário, isso é um absurdo. Prestamos nossa solidariedade, nos somamos à luta e estamos preocupados também com a situação das crianças que estão sem aula. Junto à população, estamos pressionando para que seja feito o pagamento atrasado do salário dos professores”.

Segundo o professor Danilo Souza, a gestão de Canindé apresentou uma nova proposta para o pagamento dos salários atrasados na reunião realizada na manhã desta quarta-feira, dia 31/7. "Recebemos a informação de que a Prefeitura não tem condição de pagar o salário de junho hoje (31). Apresentaram a possibilidade de pagar agora 84% do salário atrasado referente ao mês de junho e até o dia 7 de agosto pagará os 16% restantes. A categoria cobra o imediato e integral pagamento do mês junho”, afirmou o professor Danilo.

De acordo com o professor Danilo Souza, a Prefeitura propõe que até o dia 10 de setembro, o pagamento do salário de todos os professores de Canindé estará regularizado, mas ainda falta discutir o pagamento do 13º de 2018 e de 2019. “Vamos levar a proposta para assembleia, amanhã (01/08) de manhã, às 9h, e vamos ouvir os professores e professoras de Canindé sobre o assunto”.

Na manhã de ontem (30/07), o SINTESE protocolou no MPE uma denúncia em relação ao mau gerenciamento dos recursos do Fundeb no município, entre outras irregularidades sobre a movimentação financeira da conta do Fundeb. “Os professores e professoras cobram da gestão o reembolso para as contas do Fundeb do valor de R$ 1 milhão e 400 mil que foram utilizados de forma ilegal e indevida em 2019 para pagamento de despesas do ano anterior. Isso é vedado por lei”, explicou o professor Danilo.