MENU

Artigo

Secretaria da Mulher Trabalhadora: avançando na luta para alcançar igualdade de oportunidades

Publicado: 19 Outubro, 2015 - 00h00

O 12º CONCUT consolida a paridade na composição da direção da quinta maior central sindical do mundo e maior do Brasil, país que cada vez mais tem mostrado suas marcas de autoritarismo, privatismo, racismo, homofobia e machismo (haja visto o desrespeito pelo qual tem passado a Presidenta Dilma, que representa a todas nós).
 
A CUT demonstra o seu protagonismo sindical na luta por uma sociedade baseada em valores como solidariedade e igualdade. Conquistar a paridade foi resultado de uma longa batalha para as mulheres da CUT, que com muita determinação, capacidade de organização e mobilização, souberam ser contundentes nos argumentos durante os longos processos de negociação com os homens da CUT.
 
A Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora (SNMT) teve um papel determinante nos últimos anos para chegarmos à paridade. Aglutinou em torno da proposta da paridade todas as forças: políticas, mulheres, homens e instâncias da CUT. Porque soube demonstrar que a luta por uma sociedade justa e igualitária, passa necessariamente em romper com as desigualdades históricas entre homens e mulheres.
 
Porque soube mostrar que as relações sociais entre gênero se estruturam com base na exploração e subjugação. E que o capitalismo, para além da exploração de classe, se funda na divisão sexual do trabalho, onde foi designado à mulher, um papel inferior em relação ao homem.
 
As mulheres se determinaram, se organizaram, se mobilizaram, lutaram e conquistaram a ampliação de seu espaço na direção da CUT. Sem dúvida a nossa luta avançou. E chegarmos hoje à composição paritária para os cargos de direção da CUT nacional e das estaduais é motivo de celebração e nos dá mais ânimo, garra e determinação para avançarmos em novas etapas dessa luta!
 
Sim, a CUT é exemplo pro mundo.
 
A nova gestão da SNMT, além de implementar as resoluções do 8º Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora, terá como referências as seguintes ações:
 
Qualificar as dirigentes para enfrentar um mercado de trabalho que diferencia remuneração de acordo com o gênero, Luta e por igualdade de salários, de condições de trabalho. Pela ratificação das convenções da OIT que asseguram a igualdade de gênero, buscar cooperação internacional onde possamos trocar experiências com quem avançou mais e também com quem está no início da jornada na luta por igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Organizar as mulheres desde os locais de trabalho e ampliar sua presença nas direções de toda estrutura horizontal e vertical da CUT.
 
Também são determinações de nossa gestão:
 
Estreitar a relação com os ramos e fortalecer os coletivos estaduais de mulheres para definir estratégias de significativa ampliação da sindicalização de mulheres trabalhadoras urbanas e rurais, das águas, do campo e das florestas, dos setores público e privado, em empresas de pequeno, médio, grande porte, das nacionais, multinacionais e transnacionais.
 
E não daremos trégua pelo cumprimento da Lei Complementar 150 sobre o emprego doméstico!
 
A SNMT fortalecerá uma grande rede de luta da mulher trabalhadora, que nos dará respaldo político pra que, no próximo congresso da CUT, a composição paritária em todos os cargos da direção seja reflexo de nossa capacidade de organização e de luta!
 
Viva a luta da mulher trabalhadora! Viva a CUT!