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60 ANOS DO GOLPE: NÃO ESQUECER JAMAIS!

Publicado: 01 Abril, 2024 - 14h42 | Última modificação: 01 Abril, 2024 - 14h54

Escrito por: Nathan Gomes | Editado por: Rafael Mesquita

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No dia 1º de abril, data em que tomava posse o nefasto governo militar no Brasil em 1964, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e representante de milhões de servidores públicos municipais de todo o país, reitera a importância de lembrar para jamais esquecer: Ditadura Nunca Mais!

A atuação da Confetam ao longo de sua existência tem sido pautada pela defesa dos princípios democráticos, da justiça e da verdade. Por isso, neste dia que marca os 60 anos da derrubada do poder civil e o início de uma ditadua militar-empresarial contra o Brasil e os brasileiros, reafirmamos que aquele período sombrio de um governo que perpetrou mentiras, perseguições, prisões e torturas, inclusive contra mulheres e crianças, não pode ser relegado ao esquecimento.

Buscar justiça e responsabilizar os culpados, incluindo todos os financiadores daquele regime autoritário que perdurou por 21 anos, é também uma forma de responsabilizar os militares que desempenharam papel ativo naquela época e também mais recentemne, quando foram albergados no governo Bolsonaro-Mourão. Um mandato pós-redemocratização marcado por ataques aos direitos sociais, negligência na preservação da vida durante a pandemia de COVID-19, hostilidade às minorias, desrespeito às políticas ambientais e representação de um perigo à humanidade por suas ações e omissões.

O golpe jurídico-parlamentar contra Dilma Rousseff, a prisão de Luís Inácio Lula da Silva e diversos outros acontecimentos nesse contexto tiveram a participação e influência de generais do alto escalão, como Eduardo Villas Bôas. Recordemos a ameaça desse general às eleições democráticas em 2018, caso Lula, líder nas pesquisas, obtivesse habeas corpus. Esse episódio ilustra apenas uma das muitas ocasiões em que generais da ativa e da reserva agiram para moldar a opinião pública em favor de suas agendas e narrativas.

Devemos reconhecer que enfrentamos outro golpe, desta vez sem um único disparo. Fomos novamente governados pelos militares, pelos generais do alto escalão, todos ainda impunes até o momento. O recente episódio de 8 de janeiro de 2023 é um exemplo das consequências da falta de responsabilização dos militares de alta patente. A tentativa golpista que culminou nesse evento foi alimentada diariamente pelo alto comando e defendida por vários generais como um ato em prol da democracia.

É hora de responsabilizar e condenar nossos algozes. Por justiça e verdade! Pela democracia!