Escrito por: Sindsep
Prefeito Naumi Amorim reduziu de 13 para 4 o número de diretores sindicais liberados.
Em greve há 13 dias por melhores salários e condições de trabalho, os professores do município de Caucaia (CE) ocuparam, na manhã desta terça-feira (26/03), o prédio da Secretaria de Educação do Município. O objetivo foi pressionar a gestão a negociar com o grupo.
A categoria se revoltou após, mais cedo, a Câmara Municipal aprovar projeto do prefeito Naumi Amorim que retalia o Sindicato dos Servidores Públicos de Caucaia (Sindsep) ao reduzir de 13 para 4 o número de diretores da entidade liberados sem ônus para mandato sindical.
Os educadores acreditam que, além de enviar proposta desrespeitosa de apenas 1% de reajuste salarial, o município esteja criando empecilhos à legitima organização dos trabalhadores públicos.
Vereadores que votaram a favor dos servidores e contra a perseguição ao Sindsep:
Neto do Planalto, Emília Pessoa, Mikauê, Dona Célia, Hélber Vieira, Jorge Luiz, Pastor Dalmácio e Weiber Tapeba
Votaram contra os servidores e o sindicato:
Fábio Herlândio, Pastor João Andrade, Enéas, Erenilde Fortunato, Priscila Menezes, Fernando do Picuí, Kiko do Cazuza, Germana Sales, Lauro Arruda, Ricardo Cordeiro, Ratinho Cabral e Léo do Zé Almir
Ausentes:
Mercinho (declarou ser favorável ao projeto)
Obs: A presidenta da Câmara, Natércia Campos, só vota em caso de empate.
Professores querem diálogo
Os professores pedem 4,17% de aumento salarial, de acordo com a Lei Nacional do Piso do Magistério. Os profissionais lembraram que, além de nem sequer repor as perdas inflacionárias, o que significa achatamento salarial, a atitude do prefeito, ao mandar a base governista aprovar medidas anti-trabalhadores, está sendo interpretada como uma provocação.
Ainda assim, o grupo montou uma comissão, que arrancou uma reunião com a secretária de Educação, Camila Bezerra. Na oportunidade, foi reforçado o clamor da categoria por valorização profissional e ratificada a pauta de reivindicações. Após a reunião com a gestora, a ocupação foi desfeita.
De acordo com a presidente do Sindsep, Maria Santos, os profissionais deram uma prova de força, mas também de capacidade de diálogo. “Não mantivemos a ocupação, pois esperamos que a prefeitura volte a negociar. Queremos diálogo. Somos um grupo forte, vamos cobrar ser ouvidos. Nada vai nos calar. Se o prefeito quiser sentar conosco, estamos à disposição”, ratificou.
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