Aposentadorias permanecem sob ataque; mobilização sindical deve se intensificar
Campanha Salarial 2025 coloca a mobilização contra os ataques à Previdência e a defesa dos direitos dos servidores como eixos centrais
Publicado: 17 Janeiro, 2025 - 10h39 | Última modificação: 17 Janeiro, 2025 - 15h39
Escrito por: Nathan Gomes
A defesa da Previdência Social e a luta contra a PEC 66/2023 permanecem no centro das mobilizações das entidades sindicais em 2025. Apesar da retirada, pelo relator, da imposição automática da Reforma da Previdência (EC 103/19) a estados e municípios, a ameaça aos direitos previdenciários dos servidores públicos ainda é alarmante. A Campanha Salarial 2025 dos municipais reforça que a batalha contra as reformas neoliberais que atacam os trabalhadores está longe de terminar, e neste ano a mobilização deve se intensificar.
Propostas como a PEC 66 continuam representando um grave risco ao sistema previdenciário público. Medidas como o aumento das alíquotas de contribuição, a redução dos valores das aposentadorias e a transferência de dívidas públicas para os servidores evidenciam o avanço do projeto neoliberal, que busca fragilizar os direitos dos trabalhadores e desestruturar a previdência pública. Para a Confetam, barrar a PEC 66 não é apenas uma questão de proteger os servidores municipais, mas também de preservar a previdência pública como um pilar essencial de segurança e dignidade para toda a sociedade.
Campanha Salarial 2025: A mobilização sindical como resposta
A Campanha Salarial 2025 reafirma o compromisso com a unidade e a mobilização para resistir aos retrocessos impostos pelos neoliberais, que pretendem diminuir o Estado para a maioria da população. “Embora tenhamos conseguido a retirada de pontos cruciais, a previdência ainda será muito atacada, pois os ataques avançam em todas as frentes”, destacou Jucélia Vargas, presidenta da Conatram/Confetam. Ela também lembrou que a luta por uma previdência justa é uma batalha constante. “Precisamos resistir e garantir que os servidores públicos, que sustentam nossas cidades, tenham seus direitos preservados.”
A Campanha inclui, como um de seus eixos centrais, a revogação das reformas previdenciária e trabalhista que precarizaram as condições de trabalho e aposentadoria no Brasil. Além disso, a mobilização busca reposição de perdas salariais e aumentos reais, garantindo dignidade aos trabalhadores e fortalecendo o serviço público.
"Para enfrentar os desafios de 2025, a Conatram/Confetam convoca suas entidades filiadas a unirem forças em defesa de uma previdência pública justa e contra o avanço do projeto neoliberal, que coloca o lucro acima da vida e da dignidade dos trabalhadores", concluiu Jucélia.