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Atos demonstram força dos servidores na luta contra a Reforma Administrativa

Com apoio da população, servidores públicos de todo o país dizem NÃO à reforma Administrativa (PEC 32), que provoca o desmonte dos serviços públicos, gratuitos e universais, como saúde e educação

Publicado: 18 Agosto, 2021 - 19h10

Escrito por: Rosely Rocha

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)
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Este dia 18 de Agosto entrou para a história de lutas dos servidores públicos do país com uma forte mobilização da categoria nas ruas e nas redes sociais, em defesa de um serviço público de qualidade, que está sendo atacado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL). A hastag #18ADiadeLuta esteve durante toda esta quarta-feira, entre os top trends do Twitter no Brasil.

Muito além da defesa da estabilidade dos servidores, que comprovadamente evita a possibilidade de corrupção como em casos, por exemplo, da compra da vacina Covaxin, em que um servidor público denunciou a tentativa de falcatrua por parte de membros do governo Bolsonaro, que atuavam no Ministério da Saúde, a luta também é em defesa dos empregos, contra as privatizações e demais pautas dos trabalhadores de todas as categorias.

Foram diversas mobilizações pela manhã e tantas outras durante a tarde em diversas cidades país afora. As maiores ocorreram nas capitais. É possível também acessar um mapa com as cidades em que  onde ocorreram os atos em todo o país. Neste outro link você confere as fotos e vídeos dos atos do Dia Nacional de Luta.

Confira os atos

A tarde, em São Paulo, na Praça da República, no centro da cidade, o ato começou por volta das 15 horas. Dirigentes de sindicatos e da CUT São Paulo estiverem presentes e reforçaram a necessidade de impedir que a reforma Administrativa seja aprovada pelo Congresso Nacional.

ROBERTO PARIZOTTIRoberto Parizotti (Sapão) Roberto Parizotti (Sapão)

Roberto Parizotti (Sapão) Roberto Parizotti (Sapão)

Roberto Parizotti (Sapão)Roberto Parizotti (Sapão)

Roberto Parizotti (Sapão) Roberto Parizotti (Sapão)  

Da Praça da República, os manifestantes saíram em caminhada à Praça João Mendes, também no centro antigo de São Paulo.

Roberto Parizotti (Sapão) Roberto Parizotti (Sapão)

 

Na capital de Sergipe, Aracaju, houve ato pela manhã  em frente à Assembleia Legislativa do estado. Os professores e professoras da rede estadual e das 74 redes municipais filiadas ao SINTESE também fizeram ato contra a reforma administrativa, por valorização do magistério e pela revogação do desconto de 14% nas aposentadorias e pensões dos servidores públicos estaduais.

Ainda em Aracajú, ato da CUT e centrais sindicais teve início às 15h na Praça General Valadão.Os manifestantes sairam em passeata pelas ruas da cidade.

CUT-SECUT-SECUT-SE

CUT-SECUT-SE

Em João Pessoa, na Paraíba, o Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, contra privatizações e contra a PEC 32, começou com uma concentração em frente à sede da Receita Federal, na capital do estado.

EDMUNDO GONZAGAEdmundo Gonzaga / CUT –PBEdmundo Gonzaga / CUT –PB

Edmundo Gonzaga / CUT –PBEdmundo Gonzaga / CUT –PB

Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Federação dos Trabalhadores em Educação do Estado (FETEMS)  e os 74 Sindicatos Municipais dos Trabalhadores em Educação (SIMTEDs)  participaram do Dia Nacional de Luta,  fazendo uma defesa intransigente do Estado Democrático de Direito, da universalização dos serviços públicos de qualidade, da vacina para todes, do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e da testagem em massa contra a covid-19.

 ANDREIA CERCARIOLI Andreia Cercarioli Andreia Cercarioli

Ainda no sul do país, na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, teve dois atos no período da tarde contra a reforma Administrativa e contra a MP 1045, que acaba com direitos trabalhistas e pelo Fora, Bolsonaro.

Centrais sindicais e a Frente dos Servidores Públicos (FSP-RS) promoveram pela manhã um ato em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre. Com faixas, cartazes, adesivos e bandeiras, as entidades protestaram contra a Reforma Administrativa, que ataca não somente os direitos dos servidores municipais, estaduais e federais, mas destrói os serviços públicos e prejudica toda a população.

 

Às 13h ocorreu uma vigília no Palácio Piratininga, sede do governo do estado e às 18h, o ato foi na Esquina Democrática.

CUT- RSCUT- RSCUT- RS

O recifense não deixou por menos e foi às ruas da capital de Pernambuco. A concentração foi no Parque 13 de Maio, às 15 horas e os manifestantes seguiram em caminhada pela Rua do Hospício até os Correios, no Centro da cidade. Outro ato em Recife ocorreu às 15h em frente à Faculdade de Direito.  

A CUT Pernambuco, centrais sindicais, movimentos sociais e populares marcaram presença no ato e caminhada.

“ É importante lutar, defender e resistir. Queremos juntos construir um Brasil diferente, com pleno emprego e muitos direitos", disse o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha.

 

CUT-PEComunicação CUT-PEComunicação CUT-PE

Comunicação CUT-PEComunicação CUT-PE

Comunicação CUT-PEComunicação CUT-PE

Os trabalhadores dos Correios também marcaram presença no ato em Recife. Eles protestam contra a decisão do governo Bolsonaro em privatizar a empresa, que é lucrativa e atende a todos os municípios brasileiros.

Comunicação CUT-PEComunicação CUT-PE

O Sindsprev também marcou presença na Feira dos Serviços Públicos realizada, no centro do Recife, montada como uma ação conjunta entre nove sindicatos para orientar a população sobre a importância dos serviços públicos e os perigos da aprovação da reforma administrativa. #Não a reforma administrativa  #Não a PEC 32

Comunicação CUT-PEComunicação CUT-PE

Antes,pela manhã, a direção do Sindsep-PE montou uma tenda na Praça da Independência, conhecida como pracinha do Diario. No local foi realizada uma feira de serviços públicos em parceria com outras entidades sindicais. Também houve distribuição de cestas básicas na ocupação Ikauan Rodrigues, do Movimento Urbano dos Trabalhadores Sem Teto (MUST), que abriga 65 famílias e um total de 150 pessoas.

DAISE LEMOSDaise Lemos / Sindsep-PEDaise Lemos  / Sindsep-PE

Daise Lemos / Sindsep-PEDaise Lemos / Sindsep-PE

Em Teresina, Piauí, durante a manhã o ato público foi na praça da Liberdade, no centro da capital. O ato público contou com a participação de Paulo Bezerra, presidente da CUT-PI; secretários da entidade e de várias lideranças sindicais, entre eles, Odaly Medeiros, presidente do Sindicato dos Bancários (PI) e membros da diretoria, além de Edilson Santos,  presidente do SINTECT, SINTE-PI, SINSEP-PI, e membros do Fórum  pelos Direitos e Liberdades Democráticas no Estado do Piauí.

SOCORRO SILVASocorro Silva / CUT-PISocorro Silva / CUT-PI

Atos nas cidades do interior e regiões metropolitanas

Pela manhã, em São José dos Campos, interior de São Paulo, a direção dos metalúrgicos de Pindamonhangaba também  participou de um ato em frente ao Paço Municipal e em seguida saíram em passeata até a praça Afonso Pena.

 ROOSEVELT CÁSSIO Roosevelt Cássio / Sindmetalsjc Roosevelt Cássio / Sindmetalsjc

 

Pela manhã os servidores municipais de Caxias do Sul, em greve contra a reforma administrativa, participaram de um ato em frente à Prefeitura da cidade.

DANIELA FAGUNDESDaniela Fagundes Sindiserv/ Caxias do SulDaniela Fagundes Sindiserv/  Caxias do Sul

 

Em Criciúma, os servidores públicos municipais, juntamente com os demais servidores públicos da área da saúde, bancos públicos e trabalhadores do setor privado, reuniram-se na frente ao prédio em que mora o deputado  federal Daniel Freitas (PSL) para pressionar que ele vote contra a PEC 32.

 

 SABRINA PEREIRA Sabrina Pereira (@jornallivresc Sabrina Pereira (@jornallivresc

Já lideranças sindicais se reuniram em frente à casa do deputado federal  Ricardo Guidi (PSD), também em Criciúma, para mandar o recado: se votar a favor da Reforma Administrativa, não receberá o voto dos trabalhadores e trabalhadoras no próximo ano.

Jaraguá do Sul foi mais uma cidade catarinense com manifestações durante todo o dia. Lideranças sindicais ficaram durante toda a manhã no Terminal Urbano para dialogar com a população sobre a destruição do serviço público prevista na Reforma Administrativa. O ato de encerramento contra a PEC 32, está marcado para terminar o Museu da Paz, às 18h.

SÉRGIO HOMRICHSérgio HomrichSérgio Homrich

 

Em Maringá, no Paraná, o ato começa às quatro e meia da tarde,  ao lado do Terminal  da cidade. Os organizadores se posicionaram com um trio elétrico de onde vão chamar a população para litar contra a PEC 32 e o desmonte do serviço público no país.

Há ainda atos marcados que vão ocorrer no final da tarde/ início da noite, nesta quarta-feira(18), nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, além de cidades do interior de diversos estados. 

Como ajudar a evitar o desmonte do serviço público gratuito

A população também pode dizer não ao desmonte do serviço público, pressionando os parlamentares. Para isso, está no ar o site “Na pressão” – uma ferramenta na qual estão listados os nomes dos deputados que são contra, indecisos e a favor da PEC 32. Por meio de telefone, whatsAPP e e-mails é possível enviar sua mensagem a cada um. 

 *Edição: Marize Muniz