CE: professores de Quixadá entram em greve pelo reajuste do piso em 33,24%
A partir de amanhã (13/04), os professores e professoras do município de Quixadá (CE) entram em greve por tempo indeterminado.
Publicado: 12 Abril, 2022 - 14h18
Escrito por: Thiago Marinho

A partir de amanhã (13/04), os professores e professoras do município de Quixadá (CE) entram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no último dia 6 de abril, em Assembleia Geral Extraordinária chamada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quixadá, Ibaretama, Banabuiú, Choró e Ibicuitinga (Sindsep), entidade que representa os profissionais.
O ato inicial acontece também amanhã, com uma caminhada pelas principais ruas do município e com participação dos educadores. A concentração está marcada para às 8h, na Praça José Linhares da Páscoa, conhecida como Praça da Catedral.
A categoria luta pelo reajuste do piso do magistério no percentual de 33,24%, de acordo com a Lei Federal 11.738, de 2008, do Piso Nacional dos Professores. A Prefeitura do município apresentou uma proposta de reajuste de 33,24% para professores de nível médio (17 profissionais) e para nível superior 16% (parcelado em duas vezes), a partir de abril e sem retroativo.
Ainda no começo do mês de março, o Executivo municipal entrou com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que foi acatado, onde solicitou a ilegalidade do movimento, proibindo qualquer movimentação em torno do tema e a aplicação de multa de 5 mil reais diária ao sindicato
”Isso é uma vergonha! Além de não cumprirem a lei federal no reajuste do piso do magistério em 33,24% eles querem acabar com o plano de cargos, carreiras e salários com esses reajustes em diferentes níveis. Eles estão rasgando a lei municipal que garante aumento linear. Será um desastre caso essa proposta siga e vai escancarar uma verdadeira desvalorização a educação de Quixadá”, enfatiza Neiva Esteves, presidente do Sindsep.
”A gestão atual age de forma autoritária e com ações antisindicais, sem diálogo e levando logo acusações sobre o movimento a Justiça. O direito à manifestação está assegurado na Constituição. Seguiremos na luta pela valorização dos profissionais da educação de Quixadá”, finaliza Neiva.