Centrais marcham por redução da jornada e mudanças na Previdência
Aproximadamente dez mil militantes sindicais participam hoje, em Brasília, da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, articulada pela CUT e a Força Sindical para reivindicar do governo e do Congresso
Publicado: 11 Novembro, 2009 - 00h00

Aproximadamente dez mil militantes sindicais participam hoje, em Brasília, da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, articulada pela CUT e a Força Sindical para reivindicar do governo e do Congresso, especialmente, a redução da jornada semanal de trabalho, a equiparação do reajuste do salário mínimo ao das aposentadorias e pensões do INSS e o fim do fator previdenciáro, redutor criado no primeiro Governo Fernando enrique HenHenrique para desestimular aposentadorias precoces.
O governo tem reiterado apoio à redução da jornada, de 44 para 40 horas semanais, mas o Congresso está dividido. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou há algumas semanas a formação de uma comissão para negociar um acordo com empresários e sindicalistas. Mas ainda não há comissão nem negociação.
Já o atendimento das reivindicações das centrais para mudanças na Previdência está pendente de uma decisão do presidente Lula. Várias vezes o governo marcou e remarcou reuniões decisivas. Ontem anunciou para esta quarta-feira, às 16 horas, a conclusão do debate interno e com os líderes no Congresso sobre o acordo que os ministros Luiz Dulci e José Pimentel fecharam em agosto com as grandes centrais.
”Vamos fechar hoje um acordo satisfatório para todos”, afirmou o deputado Pepe Vargas (PT-RS), relator do projeto do senador Paulo Paim, também do PT gaúcho, que extingue o fator previdenciário e que enfrenta resistência do Ministério da Previdência porque aumentará as despesas com futuras aposentadorias.
Ontem, reunidos em Brasília, dirigentes regionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT) condicionaram ao fim do fator previdenciário qualquer entendimento com o governo. O que o Executivo aceitou até agora foi substituir o fator previdenciário pela regra 95/85 – que soma idade e tempo de contribuição – para concessão de aposentadoria integral.
Como a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, a UGT quer que o governo melhore a proposta de aumento real para quem recebe benefícios de valor superior ao do salário mínimo. Pelo acordo de agosto o aumento real para essa parcela de 8,2 milhões de beneficiários do INSS será de 2,5%.
Fonte: Brasília Confidencial