Confetam cobra valorização no serviço público em reunião no Palácio do Planalto
As lideranças do governo se comprometeram a encaminhar as reivindicações apresentadas diretamente ao ministro Márcio Macêdo.
Publicado: 30 Abril, 2025 - 17h53 | Última modificação: 30 Abril, 2025 - 18h12
Escrito por: Alison Marques

Nesta quarta-feira (30), representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) participaram de uma audiência no Palácio do Planalto com Itanamara Guedes, coordenadora-geral de Atendimento e Sociedade, e Usiel Rios, secretário-executivo adjunto da Secretaria-Geral da Presidência da República. As lideranças do governo se comprometeram a encaminhar as reivindicações apresentadas diretamente ao ministro Márcio Macêdo. A reunião faz parte da programação da Marcha da Classe Trabalhadora, que aconteceu na última terça-feira, 29.
Durante o encontro, a diretora Itanamara Guedes destacou a importância do serviço público para o funcionamento do Estado. “Quem faz o serviço público acontecer somos nós, servidores. Fortalecer o pacto federativo é um compromisso do governo federal, mas sabemos que não é tarefa fácil. O presidente Lula recebeu um país destruído, e só conseguiremos reconstruí-lo com a força dos movimentos sociais e daqueles que estão na ponta, dialogando com a população”, afirmou.
A presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, reforçou o papel essencial dos servidores municipais nas regiões mais vulneráveis do país. “Aqui temos vigias, agentes comunitários, professores. Estamos solicitando a melhoria da qualidade de vida desses trabalhadores. São eles que estão nas escolas municipais, nas creches das favelas, nas comunidades ribeirinhas e indígenas, cuidando das pessoas. Eles levam vacina, remédio, educação. Precisamos que o governo compreenda que somos uma ferramenta fundamental, pois somos nós que dialogamos diretamente com o povo”, declarou.
Silvana Piroli, presidenta da FETAM-RS, trouxe à pauta duas questões urgentes: a taxação de 14% sobre os aposentados do serviço público e os efeitos do congelamento de direitos impostos pela Lei Complementar 173 durante a pandemia. “Essa contribuição de 14% é resultado de uma política de empobrecimento em massa promovida pelo governo anterior. Precisamos que o STF conclua o julgamento que trata dessa taxação. Além disso, embora o congelamento tenha sido revogado, muitos servidores municipais ainda não tiveram seus direitos plenamente restabelecidos. Essas são pautas decisivas para nós”, alertou.
Participaram da reunião representantes sindicais de diversos estados, como Graça Costa (CUT Nacional e SINDSEP – Quixadá/CE), Nadja Carneiro (SINDSEPU – Ubajara/CE), Enedina Soares (presidenta da FETAMCE), Ivonete de Sousa (SINDSEP – Apuiarés/CE), Luciene Alves (SINDSEP – Quixadá/CE), Ana Rosa (SINDSPMAL – Águas Lindas/GO), Gizele Soares e Olizia Alves (SINDSEPEM – Valparaíso/GO), Gledson Soares e Rosimeire Mendonça (SINDSERCO – Cidade Ocidental/GO), Suyenne Teodoro (SINPREFOR – Formosa/GO), Valéria Ribeiro (SINDIPLAG – Planaltina/GO), Senildo da Silva (presidente da FETAM-PB), Silvana Piroli (presidenta da FETAM-RS), Maria Edenilde (FETAM-SE), Sérgio Ricardo (SINDSERV-SP), Célio Vieira, Dinailton Souza e André Luiz (SINDSERV – São Bernardo/SP), além de Gimar do Nascimento e Sérgio de Abreu (SINTRAP – Presidente Prudente/SP).