Escrito por: Nathan Gomes

Confetam/CUT apoia campanha pelo Feminicídio Zero no país

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) está engajada na campanha Feminicídio Zero, lançada oficialmente nesta quinta-feira (07), como parte de uma articulação nacional para combater a violência contra as mulheres, e reafirma seu compromisso com a luta contra a violência de gênero, especialmente no contexto do serviço público municipal.

O Brasil ocupa a quinta posição mundial em assassinatos de mulheres, conforme o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No país, uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas, enquanto a cada seis minutos, uma menina ou mulher sofre violência sexual. Além disso, os dados revelam que, a cada 24 horas, são registrados 75 casos de importunação sexual. De acordo com a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, 3 em cada 10 brasileiras já vivenciaram algum tipo de violência doméstica.

Durante o lançamento da campanha, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância da mobilização coletiva. “Precisamos fazer com que, não só as instituições, não só o governo, não só as pessoas comprometidas e militantes se envolvam e que cada cidadão desse país possa se dizer indignado e que não aceita a violência contra as mulheres, não aceita o feminicídio. Nós precisamos ter um povo que se mete em briga de marido e mulher e faz alguma coisa.”

A ministra enfatizou ainda que as violências contra as mulheres, embora muitas vezes comecem de forma silenciosa, podem ser prevenidas através do acolhimento, da informação e da denúncia. “O feminicídio pode ser evitado se nós conseguirmos dar suporte a essas mulheres antes que a situação se agrave, oferecendo canais de apoio, orientação e proteção”, afirmou.

A campanha Feminicídio Zero também integra as comemorações pelos 18 anos da Lei Maria da Penha, uma legislação pioneira que mudou a perspectiva do Brasil em relação à violência doméstica. Essa lei não apenas criminaliza a violência contra a mulher, mas também cria mecanismos para sua prevenção, combate e punição, além de delinear claramente as obrigações dos órgãos públicos na proteção das vítimas.

No próximo mês de agosto, um evento em Brasília será realizado para a assinatura de um Manifesto pelo Feminicídio Zero. Nele, os parceiros da campanha irão formalizar seu compromisso em atuar dentro de suas capacidades, seja em termos de recursos, estrutura ou alcance, para contribuir efetivamente com a erradicação do feminicídio e a proteção das mulheres brasileiras.

Com informações do Ministério das Mulheres.