Confetam convoca professores, trabalhadores e estudantes para Dia Nacional em Defesa da Educação
Nova mobilização está sendo chamada pela Ubes, UNE e ANPG para 30 de maio.
Publicado: 20 Maio, 2019 - 16h03
Escrito por: Confetam/CUT
Irmanada à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) convoca professores, trabalhadores, estudantes e pais de alunos da rede pública municipal de ensino do país para o segundo Dia Nacional em Defesa da Educação, marcado para 30 de maio.
Anunciada pelas entidades na noite de 15 de maio, após o sucesso estrondoso da Greve Nacional da Educação, a nova paralisação puxada pelo movimento estudantil quer impor mais pressão no desgoverno Bolsonaro (PSL) para que recue nos cortes anunciados no orçamento da educação básica e superior, e na mudança das regras para a aposentadoria prevista na PEC (06/19) da Reforma da Previdência.
A Ubes, UNE e ANPG estão estimulando os estudantes brasileiros a apresentarem em praça pública os materiais de estudo e a produção acadêmica de cada um. Além de repetir a mobilização vitoriosa da Greve Nacional de 15 de maio, que reuniu mais de um milhão de manifestantes em protestos realizados em mais de 222 municípios de todos os estados, a ideia é que a paralisação do dia 30 também mobilize para a Greve Geral de 14 de junho contra a reforma previdenciária.
Nota conjunta divulgada em 17 de maio pelas entidades atribui a nova paralisação ao avanço dos ataques do desgoverno Bolsonaro à educação após as manifestações de 15 de maio, entre eles o decreto que fere a autonomia universitária ao retirar dos reitores e entregar ao governo a prerrogativa de escolher os pró-reitores e dirigentes das universidades, e a demissão do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
"No mesmo dia o presidente do INEP foi demitido, com um objetivo claro, indicar um novo nome que tenha disposição de burlar a lei de proteção de dados e acessar, de maneira ilegal, informações de milhões de estudantes para emitir Carteiras de Estudante, em uma retaliação às entidades estudantis que tem lutado com firmeza para defender a educação", denuncia a nota da Ubes, UNE e ANPG.
Solidária à luta do movimento estudantil, a Confetam/CUT orienta as federações estaduais filiadas, os sindicatos de servidores públicos municipais e a categoria a apoiarem a organização de aulas públicas, debates com a população dos municípios e assembleias nas universidades, cursos, institutos federais e escolas para esclarecer os prejuízos causados à sociedade pela redução do orçamento da educação pública.
Estima-se que metade das universidades federais terão cortes acima de 30%. Em algumas, os bloqueios ultrapassam 50% nas verbas discricionárias, que incluem pagamento de água, luz e internet.
Fortaleza, 20 de maio de 2017.
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal - Confetam/CUT