Escrito por: Confetam/CUT

Confetam/CUT entrega Carta Aberta aos Prefeitos do PT

Entrega ocorre nesta segunda-feira (08), em Brasília, durante o Encontro dos Prefeitos, Prefeitas e Vices do Partido dos Trabalhadores.

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Presidenta da Confetam/CUT, Vilani Oliveira foi à Brasília entregar carta pessoalmente

Brasília sedia, nesta segunda-feira (8), o Encontro dos Prefeitos e Prefeitas do Partido dos Trabalhadores (PT). A presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, Vilani Oliveira, participa do evento para entregar a Carta Aberta da Confetam/CUT dirigida aos gestores públicos municipais petistas.

Servidores de prefeituras de todo o país reivindicam respeito à liberdade de organização sindical, o não cumprimento da Medida Provisória 873 e a defesa da previdência pública e solidária, entre outras demandas.

A presidenta do PT, Gleisi Roffmann, e o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC) receberam a Carta da Confetam/CUT em primeira mão, e se comprometeram a defender as demandas dos servidores públicos municipais junto aos colegas de partido que integram o Poder Executivo Municipal.

Leia a íntegra da carta: 

Carta Aberta da Confetam/CUT aos Prefeitos e Prefeitas do Partido dos Trabalhadores

A Confetam/CUT, Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Serviço Público Municipal, entidade de grau superior, que reúne 17 federações, 900 sindicatos e cerca de 1,5 milhão de servidores, dirige-se às prefeitas e prefeitos do Partido dos Trabalhadores, reunidos em Brasília neste 8 de abril, para manifestar sua concepção e expectativas sobre as relações de trabalho estabelecidas entre gestores públicos filiados à legenda e entidades sindicais representativas da categoria nos municípios, dos ataques aos direitos universais e constitucionais por parte do atual governo federal, ao crescimento da miséria e das desigualdades sociais que este governo está impondo ao povo brasileiro com seu comprometimento com a agenda Neoliberal, com sua determinação de governar para os mais ricos e seus afagos generosos ao mercado e as insistentes tentativas de destruição do PT.

Apesar de todos os ataques, golpes e guerra midiática que tentam destruir nosso partido, do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, da injusta prisão de Lula, o mesmo vem crescendo e protagonizando as lutas e resistências do povo brasileiro contra a destruição de direitos e o desmonte do Estado do Bem Estar Social. Seguindo o exemplo da nossa liderança maior, Luiz Inácio Lula da Silva, os sindicalistas vêm fazendo os enfrentamentos, organizando os trabalhadores e trabalhadoras no Front da resistência.

Vivemos um curto período de prosperidade durante os governos Lula/Dilma, “a difusão do padrão de bem-estar comprometido com a universalização do acesso aos bens e serviços essenciais implicou inverter prioridades instauradas por governos anteriores. Por isso, a implantação de política econômica comprometida com o pleno emprego da força de trabalho, da política social de extensão de benefícios, de garantia de renda aos mais necessitados, da política pública aos sem casa, aos sem energia elétrica, sem água e saneamento, sem escola, sem universidade, entre outras tantas faces da desigualdade geradas pelas livres forças do mercado.” (Marcio Pochmann) Tudo isso nos foi arrancado violentamente através de um golpe bem arquitetado pelas elites nacional e com apoio dos EUA. Retomar este projeto e fazer do Brasil um país de futuro promissor é tarefa de todos nós, é um dever, é nossa obrigação. Esta retomada passa necessariamente pelos municípios administrados pelo PT. Fazer da menor unidade da federação um modelo de boa governança, com políticas públicas para todos, prioritariamente para os mais pobres, os historicamente excluídos, é uma forma de declarar guerra aos Neoliberais, e, sobretudo, uma forma explícita de resistência.

Diante do exposto, queremos reiterar que não esperamos outra coisa dos gestores petistas que seja: 

Honrar as bandeiras do partido e seu alinhamento à política de defesa da classe trabalhadora, respeito aos direitos históricos e constitucionais, como a liberdade de organização sindical, a negociação coletiva, a liberação de dirigentes para o trabalho de base, o desconto das mensalidades sindicais em folha, defesa de Previdência Pública e Solidária, fortalecimento da Campanha Lula Livre e dos instrumentos de controle social, pois acreditamos que as relações entre os gestores públicos petistas, os servidores das prefeituras e a população dos municípios administrados pelo PT devem continuar se pautando pelo diálogo com a sociedade e com o movimento sindical, preservando os ideais da democracia, da justiça e do estado laico, com respeito ao projeto de educação plural e transformadora, defendidos historicamente pelo Partido dos Trabalhadores.

Brasília, 08 de abril de 2019

Vilani de Souza Oliveira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal