Escrito por: Confetam/CUT
Dirigente do PT da Argélia foi presa por decisão do Tribunal Militar de Blida.
Desde o último dia 9 de maio, a secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia, Louisa Hanoune, encontra-se presa por decisão do Tribunal Militar de Blida, após atender convocação a prestar depoimento como testemunha.
Essa prisão é injustificada sob todos os pontos de vista. Louisa Hanoune é uma militante de larga trajetória na Argélia, tendo sido candidata pelo seu partido a presidente da república em três oportunidades – em 2004 foi a primeira mulher argelina a candidatar-se a esse posto, em 2009 e em 2014 -, além de deputada da Assembleia Nacional por cinco mandatos consecutivos desde 1997. Louisa é também uma das coordenadoras do Acordo Internacional dos Trabalhadores e Povos.
A sua prisão por um tribunal militar ocorreu às vésperas de grandes manifestações de massa pelo “fim do sistema” que ocupam as ruas de Argel e outras cidades do país todas as sextas-feiras desde 22 de fevereiro passado, com o povo argelino expressando de forma contundente a sua vontade de construir uma democracia verdadeira. Em 10 de maio, a exigência de “Liberdade para Louisa Hanoune” foi levantada nessas manifestações.
Muitas já são as vozes que se levantam na Argélia e outros países, independentemente da opinião política de cada um, contra essa arbitrariedade. Nossa organização, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal – Confetam/CUT, se soma a elas na exigência dirigida às autoridades responsáveis pela sua prisão: liberdade imediata e incondicional de Louisa Hanoune!
Fortaleza/CE, 23 de maio de 2019
Direção Nacional da Confetam/CUT