Escrito por: Confetam/CUT
Entidade também repudiou a dispensa de merendeiras e cuidadores das escolas municipais pela nova gestão
A direção da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) se solidarizou, na última sexta-feira (29), com a luta dos professores de Maracanaú (CE) pelo retorno do auxílio-alimentação e repudiou a dispensa, em plena pandemia, dos servidores que exercem as funções de merendeiras e de cuidadores nas escolas do município.
Com o argumento de que os professores não estavam se deslocando até a escola para trabalhar por causa da quarentena, a gestão passada, com o aval da Câmara de Vereadores, retirou o auxílio-alimentação mensal de R$ 400,00 de 1.759 professores da rede pública municipal de ensino. A duras penas, o direito pago em pecúnia havia sido conquistado pelos trabalhadores em 2007.
Situação só piora
Além de não receber os professores para tratar do problema deixado pela gestão anterior, a atual gestão ainda conseguiu agravar a situação rescindindo os contratos de merendeiras e cuidadores. Professora da rede municipal de Maracanaú, a presidente da Confetam/CUT denuncia que, enquanto demite trabalhadores sem justa causa, a prefeitura aumenta cargos para abrigar apadrinhados políticos.
“O prefeito criou seis novas secretarias para abrigar prefeitos derrotados em outros municípios, fazendo ‘generosidade’ com o dinheiro da população. Então, não há falta de dinheiro!”, assegura a professora Vilani Oliveira.
Um duplo prejuízo
A dirigente afirma que os professores de Maracanaú estão sendo prejudicados duplamente durante a pandemia. Se por um lado a prefeitura cortou o vale-alimentação que complementava o orçamento familiar, por outro a Secretaria de Educação impôs novas despesas aos professores, que estão tendo de pagar do próprio bolso a internet e os equipamentos necessários para ministrarem aulas de casa.
“Num momento em que os professores gastam dinheiro deles com tecnologia, o prefeito gasta o dinheiro do povo da cidade com esse tipo de ação (criação de novas secretarias) para contemplar os aliados. Portanto, exigimos o retorno do auxílio-alimentação!”, enfatiza a presidenta da Confetam/CUT.