Nesta terça-feira (28), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal - CUT (Confetam/CUT) marcou presença no ato contra a política econômica do Governo Federal. Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação reuniu mais de mil pessoal em Brasília (DF) para dizer não aos ajustes fiscais promovidos pelo atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para Vilani Oliveira, presidenta da Confetam/CUT, a estratégia adotada pelo Governo Dilma vai de encontro à política inclusiva que foi construída nos últimos anos, sobretudo por retirar direitos dos trabalhadores e aumentar a carga tributária. "Esta dinâmica gerará recessão e inflação e, assim, o poder de compra do trabalhador vai diminuir", avalia. As medidas adotadas pelo Governo Federal já estão gerando impacto nos municípios brasileiros. Muitos ainda estão em processo de negociação da Campanha Salarial 2015 e afirmam não ter recursos, mesmo com o anúncio de aumento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Vilani considera que "o discurso da crise e dos reajustes abre precedente para os prefeitos dificultarem negociações". Para ela, "o País precisa de obra estruturais para possibilitar a geração de emprego e dar vazão às demandas. Mais investimentos e não cortes no orçamento".
Plano de Proteção ao Emprego (PPE)Durante o ato em Brasília, a Confetam/CUT também se posicionou contra o PPE, medida provisória que autoriza a redução da jornada de trabalho em até 30% com redução de salário. Parte do pacote de ajustes do Governo, o Programa prevê o complemento dos salários (15%) com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A medida busca, segundo o Ministério do Trabalho, desestimular demissões em "empresas que se encontram em dificuldades financeiras temporárias". Tendo em vista as lutas históricas da CUT e do Movimento Sindical pela redução de jornada sem redução de salários, Vilani Oliveira acredita que o PPE "vai na contramão do que a CUT vem construindo" e conclama os trabalhadores: "o momento é de irmos às ruas e pressionarmos a presidenta Dilma para que mude a dinâmica da política econômica".