Confetam debate o novo PNE e os caminhos para valorizar a educação pública
O debate reforçou a necessidade de participação ativa das entidades sindicais, da valorização dos profissionais da educação, docentes e não-docentes.
Publicado: 12 Julho, 2025 - 16h28
Escrito por: Alison Marques

Na tarde deste sábado, 12, o 1º Encontro Nacional de Educação da Confetam/CUT deu continuidade aos debates com a realização da mesa "Plano Nacional de Educação (2025-2035): caminhos para valorizar a Educação Pública", coordenada pela secretária de Assuntos Jurídicos da Confetam, Silvana Piroli.
A mesa teve como foco o processo de elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE), instrumento fundamental para orientar as políticas educacionais do país pelos próximos dez anos. O debate reforçou a necessidade de participação ativa das entidades sindicais, da valorização dos profissionais da educação, docentes e não-docentes, e da construção de um projeto que enfrente as desigualdades no acesso, permanência e qualidade do ensino.
A assessora jurídica da Confetam e advogada da LBS Advogados, Dra. Mádila Barros, destacou a educação como um direito humano fundamental e lembrou a história de Malala Yousafzai como símbolo de resistência e transformação. “Malala compreendeu desde cedo o poder da educação para mudar destinos. Aqui no Brasil, o que está em jogo é garantir que esse direito chegue com qualidade para todas e todos, e isso passa também pelo cumprimento do Piso Nacional do Magistério e pela criação efetiva de um piso nacional para os profissionais não-docentes, que também constroem o cotidiano das escolas”, defendeu.
A deputada estadual Luciane Carminatti (PT-SC), que acompanha de perto a tramitação do PNE, alertou para a urgência da mobilização social e da incidência política sobre o novo plano. “O Plano Nacional de Educação não pode ser construído de cima para baixo, nem com metas genéricas que não toquem na estrutura das desigualdades. Precisamos garantir que o plano assegure financiamento público, valorização profissional e participação popular”, frisou.
Luciane também reforçou a importância da compreensão do cenário político para enfrentar os desafios do presente. “Servidor público que diz que não quer saber de política precisa entender que as decisões políticas impactam diretamente seu salário, suas condições de trabalho e o futuro da educação. Não podemos terceirizar essa responsabilidade”, alertou.
A mesa reafirmou a posição da Confetam na defesa de um PNE comprometido com a educação pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada, e com a valorização de todos os profissionais que fazem a escola pública acontecer. O encontro segue até domingo (13), em São Paulo.