MENU

Confetam inicia Ciclo de Oficinas com debate sobre as Raí­zes do Racismo no Brasil

Publicado: 18 Novembro, 2024 - 14h46 | Última modificação: 18 Novembro, 2024 - 14h54

Escrito por: Nathan Gomes

notice

Na última quinta-feira, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) deu início ao Ciclo de Oficinas do Novembro Negro, abordando o tema “Racismo no Brasil – História e Resistência”. A primeira oficina, intitulada “Raízes Históricas do Racismo”, reuniu servidores públicos, sindicalistas e militantes antirracistas para discutir as origens do racismo estrutural no Brasil e os impactos da escravidão nas desigualdades sociais contemporâneas. O evento foi conduzido por Hilário Ferreira, mestre em História Social e pesquisador da cultura negra cearense.

Durante a oficina, Hilário Ferreira destacou como o sistema escravocrata, implantado no Brasil colonial, moldou as estruturas econômicas, sociais e culturais que sustentam o racismo até hoje. “A escravidão desumanizou milhões de pessoas negras e criou mecanismos de exclusão e exploração que foram se adaptando ao longo dos séculos”, pontuou o historiador, apresentando exemplos de práticas que perpetuam essas desigualdades.

Os participantes tiveram a oportunidade de refletir sobre as raízes históricas do racismo e a urgência de mobilizações coletivas para desmantelar as estruturas de opressão. Debates sobre ações afirmativas, reconhecimento da história afro-brasileira e reparação histórica enriqueceram a oficina, evidenciando a necessidade de uma atuação contínua e articulada contra o racismo.

A iniciativa faz parte do Novembro Negro, mês dedicado à conscientização e ao combate ao racismo, culminando no Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Para a presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, o ciclo de oficinas é importante para fomentar o debate e fortalecer a luta antirracista. “A compreensão do racismo como uma construção histórica é essencial para que possamos combatê-lo de maneira eficaz. Esses espaços de formação nos permitem avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou.

O Ciclo de Oficinas continuará ao longo do mês, aprofundando questões como resistências negras contemporâneas e estratégias para promover igualdade racial no serviço público. A programação completa pode ser acessada nas redes sociais da Confetam/CUT.