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Conjuntura e ameaças ao serviço público marcam debates da Confetam em Salvador

Coordenada pela presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, a discussão reuniu Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e Luiz Filgueiras, professor da Faculdade de Economia da UFBA.

Publicado: 12 Dezembro, 2025 - 08h29 | Última modificação: 12 Dezembro, 2025 - 08h37

Escrito por: Alison Marques

Priscila Cardoso
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A tarde desta quinta-feira, 11, na reunião da Direção Nacional Ampliada da Confetam/CUT, em Salvador, foi marcada por uma mesa de grande densidade política e estratégica, dedicada ao tema “Análise de Conjuntura e Eleições 2026: Desafios e Perspectivas para os Serviços Públicos e a Classe Trabalhadora”.

Coordenada pela presidenta da Confetam, Jucélia Vargas, a discussão reuniu Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e Luiz Filgueiras, professor da Faculdade de Economia da UFBA e especialista em Economia Política.

Gabrielli apresentou uma leitura crítica do cenário político nacional, evidenciando os riscos que a classe trabalhadora enfrenta diante de um Congresso Nacional marcado pelo avanço conservador e pela agenda liberal. Para ele, as eleições de 2026 não podem ser tratadas como um processo eleitoral, mas como um embate histórico entre dois projetos de país: um que defende o Estado, os serviços públicos e a democracia; e outro que aposta no desmonte, na redução de direitos e no enfraquecimento das organizações sociais.

Luiz Filgueiras aprofundou a análise econômica, destacando que o projeto neoliberal segue firme na tentativa de reduzir o papel do Estado, congelar investimentos públicos e impor limites ainda mais severos ao funcionalismo. Segundo ele, a disputa de 2026 terá papel decisivo para definir se o Brasil seguirá numa rota de reconstrução ou se entrará novamente em um ciclo de retrocesso institucional e ataque ao trabalho.

Para ambos os debatedores, a classe trabalhadora, e especialmente o funcionalismo municipal, precisa fortalecer sua capacidade de organização, comunicação e pressão política, enfrentando com unidade as ameaças que se desenham. A mesa reforçou um consenso: não há defesa dos serviços públicos sem enfrentamento político direto, e a Confetam terá papel estratégico nessa disputa. O debate encerrou a tarde com o chamado à mobilização permanente, reafirmando a tarefa coletiva de preparar a categoria para os desafios que já batem à porta.