CUT e CSI repudiam declarações do ministro de Relações Exteriores de Israel

Avigdor Lieberman defendeu decapitar opositores do projeto sionista

“Quem está conosco deve receber tudo. Quem está contra nós, não há nada a fazer. Devemos levantar um machado e arrancar a cabeça, senão não sobreviveremos aqui”. A declaração do ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, em relação aos árabes israelenses - que representam 20% da população do país – falam por si. É uma demonstração inequívoca da determinação de praticar a política de terrorismo de Estado não apenas contra os palestinos, mas contra uma parcela expressiva do próprio povo israelense. É uma expressão cristalina do mais abjeto racismo que em nada difere dos execráveis fundamentalismos.
No momento em que o mundo inteiro clama pelo reconhecimento do Estado da Palestina, livre e soberano, a violência das declarações deve servir como elemento de reflexão e ação. Se o chefe da diplomacia israelense defende publicamente a decapitação de árabes-israelenses, imagine o que seu governo pratica às escondidas. O cerco genocida à Faixa de Gaza, o assassinato em massa de milhares de homens, mulheres e crianças, a destruição de escolas, creches e hospitais, tudo tem sido calculado metodicamente para punir um povo que apenas luta pelo que é seu.
Que os valores maiores da Humanidade prevaleçam e que palestinos e israelenses possam conviver lado a lado, contribuindo com o melhor dos ensinamentos dos seus ancestrais para a construção de um novo tempo para todos.
João Felicio, presidente da Confederação Sindical Internacional
Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT