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Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia

Esta quinta-feira (17) é uma data para lembrarmos e combatermos o ódio e intolerância que mata uma pessoa da comunidade LGBTI a cada 25 horas. A Confetam soma esforços pra combater a homofobia.

Publicado: 17 Maio, 2018 - 12h34

Escrito por: Sueli Silvia Adriano – Secretária de Políticas LGBT da Confetam

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Vivemos em uma sociedade onde a intolerância e o ódio às diferenças são grandes. Quem não está enquadrado no padrão “normal” é excluído, odiado e mais do que isso, é morto. A comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Interssexos) é uma das que mais sofre com esse ódio que impera no mundo.

Para lembrar e combater todo esse preconceito e ódio, nesta quinta-feira, 17 de maio, comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia, que celebra a data em que a “homossexualidade” foi excluída da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), catálogo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1990.

Por mais que o Brasil seja um país que avançou muito durante os governos de Lula e Dilma em relação às leis e programas que asseguram certa proteção e reconhecimento aos direitos dessa população, os dados de violência contra a comunidade LGBTI ainda são alarmantes – o Brasil é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo.

De acordo com o relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo.

De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no país. No ano passado, 445 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem LBGTs.

Somente nos quatro primeiros meses deste ano, 153 pessoas LGBTs foram assassinadas no país. A população trans é a mais atingida por essa violência. Segundo a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é assassinada no país.

Não podemos aceitar calados que pessoas sejam discriminadas, se suicidem e morram por conta de sua orientação sexual. A homossexualidade, a transexualidade e a travestilidade não são doenças e nem uma opção de cada pessoa, elas fazem parte do comportamento humano. Assim como não é uma opção da sociedade decidir se aceita ou não as pessoas com orientações sexuais distintas, é uma questão de justiça.

Esse é um ano eleitoral e por isso precisamos estar atentos às bandeiras que os candidatos e partidos estão levantando. Um dos candidatos que concorre à presidência do país é um homem intolerante, machista e homofóbico. Por isso, devemos lutar para termos bons representantes no Congresso que conquistem avanços para a comunidade LGBTI, caso contrário, se não estivermos vigilantes podemos retroceder ainda mais.

A Confetam defende a livre orientação sexual e soma esforços para combater qualquer tipo de violência e preconceito contra a comunidade LGBT.

 

Sueli Silvia Adriano – Secretária de Políticas LGBT da Confetam