Dia Internacional dos Trabalhadores do Campo e pela Reforma Agrária

O Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo e pela Reforma Agrária é uma data de grande significado para os trabalhadores rurais em todo o mundo. Foi nesta data, em 1966, que 21 trabalhadores rurais sem-terra foram mortos pela Polícia Militar, no estado do Pará, evento que ficou conhecido como o massacre de Eldorado dos Carajás. A luta desses homens por justiça, por reforma agrária e pelo combate à pobreza no campo tornou-se símbolo de resistência do movimento.

Todos os anos, essa data é comemorada e lembrada como um forte símbolo do movimento pela reforma agrária. A luta incansável dos trabalhadores do campo por condições dignas de trabalho e justiça social inspira gerações, ressaltando a importância da solidariedade.

A situação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais reflete a realidade da classe trabalhadora em geral em nosso país. Eles lutam contra o desemprego, por melhorias na saúde, educação e habitação. Buscam garantias previdenciárias, salários dignos e a erradicação do trabalho infantil e escravo. Defendem o respeito à autodeterminação dos povos indígenas e a preservação do meio ambiente.

Os trabalhadores do campo são responsáveis pela produção da maior parte dos alimentos consumidos diariamente pela população. No entanto, enfrentam o avanço de setores do agronegócio que buscam criminalizar o movimento e a luta por terras. Essa terra, em grande parte concentrada nas mãos de apenas 1% da população, priva os trabalhadores rurais da oportunidade de cultivar suas próprias terras.

A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Confetam/Conatram) mobiliza-se em torno dessas questões na luta pela Reforma Agrária, buscando garantir à população do campo acesso à terra e aos direitos básicos, como saúde e educação, na construção da cidadania.

Por justiça social, é fundamental garantir que aqueles e aquelas que alimentam o mundo vivam em condições dignas e em paz no campo.