Escrito por: Nathan Gomes

Dia Nacional de Mobilização denuncia golpe e exige redução da jornada de trabalho

Em diversas cidades do país a população deve ir às ruas em torno das pautas de interesse da classe trabalhadora, em defesa da democracia e pedir punição para os golpistas

Nesta terça-feira (10), trabalhadoras e trabalhadores do serviço público municipal de todo o Brasil unem-se às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos sociais e centrais sindicais em manifestações na data que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Os atos, que ocorrem em diversas capitais, têm como principais pautas a exigência de punição aos golpistas, pelo fim da jornada de trabalho de 44 horas semanais e 6 dias por semana (escala 6x1) e pela adoção da jornada 4x3.

A CONFETAM/CUT reforça a importância da mobilização popular para exigir a prisão dos responsáveis pela trama golpista revelada pela Polícia Federal, que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares do alto comando do Exército e demais aliados. A trama incluía planos de assassinato do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, configurando crimes de terrorismo e ataque direto à democracia.

Além de clamar por justiça contra os golpistas, os protestos levantam bandeiras como a valorização do salário mínimo e das aposentadorias, taxação dos ricos, redução da taxa de juros, e investimentos garantidos em Saúde e Educação. Também há forte repúdio à tramitação da PEC 164/2012, conhecida como “PEC do Estupro”, que ameaça os direitos reprodutivos das mulheres. Além disso, há forte mobilização contra o arcabouço fiscal do governo Federal anunciado recentemente, que pretende limitar o salário mínimo, o que implica um impacto negativo em benefícios como Benefício de Prestação Continuada (BPC).

"Hoje nós gritamos: sem anistia, sem perdão! Os ataques contra a liberdade e os direitos do povo não ficarão impunes", declarou a presidenta da CONFETAM, Jucélia Vargas.