Escrito por: Iracema Corso
Participantes também discutiram campanha salarial e formação sindical
A Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Sergipe (FETAM/SE) realizou um encontro na manhã da última sexta-feira, dia 16 de junho, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE). A atividade reuniu 13 sindicatos de servidores públicos municipais que discutiram um planejamento de formação, campanha salarial em cada município, Plano de Cargos e Carreira, transparência nas administrações municipais e ações para o fortalecimento da luta contra as Reformas Trabalhista, da Previdência e por Diretas Já.
Estiveram presentes lideranças sindicais do Sindiserve Macambira, Sindsemb (Boquim), Sindacsei (Itabaiana), Sindserv Poço Verde, Sindiserve Glória, Sindiserve Canindé, Sindsocorro (N. S. do Socorro), Sintram (Malhada dos Bois), Itasind (Itaporanga D’Ájuda), Sindbrito (Campo do Brito), Sindiamparo (Amparo do São Francisco), Sindcanhoba (Canhoba), Sindriachuelo, Sindipastora (Divina Pastora) e Sindifrei (Frei Paulo).
O vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, fez uma análise da conjuntura política nacional alertando para as perdas que as Reformas Trabalhista e da Previdência poderão gerar para trabalhadores de todo o Brasil e de todas as categorias. Além de informes da Frente Brasil Popular que congrega sindicatos e movimentos sociais, dentre eles, a CUT, Pugliesi ressaltou a necessidade de interiorização da Frente Brasil Popular.
Campanha salarial
A respeito da campanha salarial e da luta sindical nos municípios sergipanos, a presidente da FETAM e dirigente da CUT, Itanamara Guedes, explicou que a partir de agora a Federação vai mudar o tom de diálogo com as gestões municipais.
A dirigente sindical enfatizou que até agora os sindicatos tentaram dialogar e negociar com os gestores. E apesar da conjuntura difícil, do discurso de crise, alguns sindicatos organizados na FETAM conseguiram obter o reajuste salarial, é o caso dos sindicatos de Canindé do São Francisco, Poço Verde, Glória e Socorro.
Já outros gestores municipais deixaram claro que não têm interesse nenhum de dialogar com o sindicato. “Há gestores que se aproveitam da desculpa de que estão chegando agora, dizem que estão arrumando a casa e há débitos da gestão anterior, falam que a receita caiu, tudo isso é uma estratégia para ir postergando o reajuste salarial e o cumprimento do Plano de Cargos e Carreira. Temos orientado os sindicatos a desconstruir esse discurso através do estudo da Folha de Pagamento, cobrando transparência da Prefeitura e analisando os recursos que entram no município. O sindicato precisa mostrar que não é o salário dos servidores que ultrapassam o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas são os gastos das Prefeituras com os cargos comissionados. Portanto o problema não é a falta de recurso, mas a prioridade do prefeito que agora quer atender às promessas de campanha, e com isso acaba inchando a folha de pagamento e não tem como conceder reajuste salarial”.
Sindicatos engrossarão o tom
A presidente da FETAM garantiu que a partir de agora os sindicatos de servidores públicos municipais tomarão atitudes mais enérgicas frente aos gestores que não reconhecem o sindicato ou se negam a avançar no diálogo. “A primeira rodada de negociação já fizemos. Então precisamos endurecer a luta frente aos prefeitos que estão enrolando, pois o momento da negociação já se esgotou, agora precisamos fazer paralisações e protestos para gerar a pressão política e avançar na luta”.